terça-feira, 26 de julho de 2011

Inspiração Literária na Minha Juventude

Tarauacá é terra de José Potiguara, J. G. de Araújo Jorge, Djalma da Cunha Batista e Leandro Tocantins (que a fizeram sua), José Higino, Luiza Lessa, Álvaro Sobralino, Margarete Edul Prado (nascida em São Paulo, mas criada desde criança em Tarauacá), Núbia Wanderley, Professor Freitas, Sanderson Moura...
Na Academia Acreana de Letras estão Luiza Lessa, Margarete Edul Prado, Álvaro Sobralino e Moisés Diniz (que tem o umbigo em Cruzeiro do Sul e a alma em Tarauacá).

No Dia do Escritor, minha homenagem a Núbia Wanderley que, desde a minha juventude na igreja, foi um símbolo de resistência das letras. A professora Núbia foi a nossa inspiração, para jovens da década de oitenta em Tarauacá, que precisavam optar entre a morte dos sonhos juvenis e a esperança em dias melhores, mais limpos, mais iluminados.
Minha eterna gratidão, professora Núbia, pelo seu exemplo de vida, pela sua eterna alegria, pelas suas letras, pela sua poesia.

Gostaria, ainda, de registrar o gigantesco esforço de seu genro, o carioca que virou tarauacaense, Reginaldo Palazzo, em resgatar a história da Terra do Abacaxi. Palazzo ocupa-se mais com os tesouros do passado de nossa cidade do que muitos tarauacaenses.

Palazzo merece todo o apoio para organizar e guardar os seus preciosos achados. Neste ano de 2011, apesar do atraso, colocarei uma emenda parlamentar com o objetivo de ajudar no resgate da história de Tarauacá.

Parabéns aos homens e mulheres das letras!

COMUNICAÇÃO E TEIMOSIA DA CUTIA


O sistema de comunicação entre cutias é feito principalmente pelo olfato e pela audição.
A comunicação olfativa é realizada através de odores deixados pela secreção de uma glândula orificio retal e pela urina.
Quando sente-se ameaçada a cutia sempre procura umpau ocado pra se esconder. Ela não recua, quanto mais sente medo mais avança de oco a dentro, vai até onde não pode mais voltar. No final, morre afixiada.

sábado, 23 de julho de 2011

PREFEITA! SERÁ QUE O PT DEIXA.

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Perpétua quer ser candidata a prefeita

Optando pela queda de braço com o Partido dos Trabalhadores, 
comunistas trabalham para indicar cabeça de chapa em Rio Branco
As coisas não serão bem fáceis para o coordenador do processo eleitoral do PT e da Frente Popular, Raimundo Angelim, que terá a dura tarefa de debelar o ímpeto dos comunistas do PC do B, partido que está se antecipando as discussões, para tentar emplacar o nome da cabeça da chapa majoritária no município de Rio Branco. O nome trabalhado é o da deputada Perpétua Almeida, que durante a semana, em conversas informais, classificou como confusão e dor de cabeça a prefeitura da Capital.
De olho mais que aberto para a disputa em Rio Branco, os comunistas, não esqueceram o interior do Estado, e iniciaram uma série de plenárias pelos vinte e dois municípios acreanos no último final de semana. Mais o alvo principal é mesmo a capital, onde os comunistas fazem lobby desde que saiu o resultado das eleições 2010, informando que chegou à hora de compensar a fidelidade de um dos primeiros partido a integrar a FPA. Resta saber se os petistas comungam com este pensamento.
As plenárias, no caso do PC do B, têm a clara intenção de demonstrar força e organização da legenda, diante dos demais partidos que integram a FPA. No debate entra a questão da elaboração do calendário político com vistas ao ano eleitoral de 2012. Os comunistas pretendem já ter realizado as reuniões nos vinte e dois municípios, antes de chegar a discutir em Rio Branco. Na capital, a plenária acontecerá nos dias 19 e 20 de agosto, atraindo as atenções para a pressão pela cabeça da chapa majoritária.
Para a militância e dirigentes comunistas, o crescimento do PC do B nos últimos anos credencia o partido para reivindicar posições importantes  na chapa majoritária, como foi a participação do deputado Eduardo Farias, na eleição do prefeito Raimundo Angelim. Como nas partidas de futebol, o PC do B é sempre vice, nas partidas que tem como único e imbatível campeão dentro da FPA, o Partido dos Trabalhadores, que manda e desmanda na coligação, que relegou os comunistas a posição de coadjuvante.
Mesmo querendo se rebelar contra o domínio petista, os comunistas ainda demonstra fraqueza ao esperar a definição do panorama político, inclusive, que ocorra às definições dentro do PT, para poder reivindicar o espaço dentro da coligação. Os comunistas aguardam tanto os partidos da FPA apresentar seus candidatos para fazer o debate interno, acreditando em uma reforma política, que segundo especialistas, ainda não sairia paras as próximas eleições municipais.
Os comunistas estão fadados a mais uma vez assistir ao PT definir quem será o candidato, e recolher o que sobrar como pequenos cargos na administração municipal, e quem sabe, mais uma vez ser vice do Partido dos Trabalhadores, que conduz o processo político no Estado há doze anos, se credenciando para apresentar chapa majoritária não apenas em Rio Branco, mas também em outros municípios, como é costumeiro.
Ray Melo, da redação de ac24horas – raystudio3@gmail.com

Invicto


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Líder em alta - Líder do Governo na Aleac, o comunista Moisés Diniz está com o prestígio em alta. Adiantou que começa a pensar a forma de atuação no segundo semestre.

Invicto - Moisés Diniz está invicto na liderança. Até agora não perdeu uma votação. É prova de que tem o respeito dos demais deputados da base e o olhar além do horizonte.

FONTE: pagina20 (cloluna poronga)

quarta-feira, 20 de julho de 2011

POLÍTICA??? PELO HISTORIADOR EDIVAN BARBOSA.


                      Muitas vezes ficamos indignados com o que está ocorrendo no cenário político, fazemos um discurso moralizador, muitas vezes chegamos a dizer que não gostamos de política e logo a ignoramos. Esse deve ser um discurso que ouvimos não apenas em nossa cidade, mas em todos os lugares do nosso país, porém devemos parar para pensar que a nossa vida é quase que totalmente “regida” pela política, convivemos com algo que não gostamos, talvez não porque exista tantos políticos corruptos, ou seja,  pela simples explicação de  que não fomos educados politicamente. Pensemos um pouco: Se somos pessoas capazes e criticas, por que não pensar que somos nós que devemos mudar esse cenário? Isso mesmo, nós podemos e devemos mudar esse cenário. Pois os políticos não são seres que vieram de outro planeta,  são pessoas que saíram do meio social em que vivemos e atuamos,  é baseado nisso que podemos dizer que a nossa responsabilidade é enorme, pois se estamos convictos da nossa responsabilidade ou preparados para a manutenção do bom funcionamento da sociedade, é prudente dizer que temos a obrigação de formar pessoas capazes de dirigir nosso destino, homens de bem, que tenha a capacidade e o caráter que se espera de uma pessoa seja político ou não,  que o senso comum que todo político é corrupto seja algo ultrapassado e que entre em desuso.
                     A efetivação da nossa participação no meio político é tão importante quanto  a preocupação que temos em relação aos nossos interesses particulares. Jamais teremos uma sociedade justa se não for por nossa força de interferência no meio social, como vivemos em um sistema injusto e cruel, é obvio que teremos que tomar a frente nas lutas populares, ou seja, somos nós, o povo, que temos que ditar as regras da sobrevivência no meio que vivemos. No sistema capitalista o mais elementar para o bom desenvolvimento humano, fica muito difícil de ser concretizado, isso mesmo. Fomos educados para achar normal a acumulação de bens, as riquezas “ficarem nas mãos” de poucos, e é isso que gera tanta desigualdade. O mundo sempre foi cheio de acontecimentos fora do “normal”, sempre tivemos uma humanidade contraditória, uma humanidade que jamais pensou em uma unidade, mesmo em plena evolução os humanos não deixaram de querer mais do que seu semelhante, o exemplo do período paleolítico(período da descoberta do fogo) ou até mesmo o exemplo da escravidão negra, que traz  lembrança do quanto somos levados pela individualidade,  as varias etnias que existiram no continente africano nunca tiveram uma  uniformidade de sociedade, no ápice de suas desavenças, com sua vontade de sobreviver, e na ânsia de ter o domínio pleno na luta pela “superioridade”, fizeram de seus inimigos uma mercadoria.
                  Certamente estamos em uma sociedade que não consegue enxergar um horizonte prospero para a humanidade, não porque somos uma sociedade cruel, mas sim porque somos induzidos a tal comportamento. O bom de tudo é que somos os únicos a ter o poder da transformação, mas isso é outros quinhentos. Com certeza podemos até pensar que somos insignificantes em relação a imensidão do nosso  velho  planeta; Consequentemente pensar que seria muito difícil promover essa transformação, pois o que devemos pensar é que temos que iniciar, pois a historiografia mundial já provou que nada é intransformável, é só lembrarmos do iluminismo (foi um movimento global, ou seja, filosófico, político, social, econômico e cultural, que defendia o uso da razão como o melhor caminho para se alcançar a liberdade, a autonomia e a emancipação). Talvez até consigamos a efetivação da sociedade comum a todos, ou não, mas de uma coisa temos certeza, um dia teremos outro sistema político, social e econômico. Enquanto isso temos que fazer ou promover essa mudança, desde as nossas escolas, bairros e cidades, não podemos ficar somente assistindo, temos que nos inserir nesse processo chamado política. Não somos obrigados a ser políticos, porém temos que ser minimamente politizados, é essa virtude que devemos ter, pois é nela que devemos nos apoiar e promover a tão sonhada sociedade justa.
professor: Edivan Barbosa

Soldados da Borracha" são agora heróis da Pátria

Projeto é de autotia da deputada perpétua Almeida, que reconhece bom senso da presidente da República e acelera esforço no Congresso para aprovar a PEC que institui pensão digna aos ex-seringueiros.
A deputada acreana nas comissões por onde o projeto foi aprovado por unanimidade.

A presidente Dilma Roussef sancionou a Lei 12.447, publicada nesta segunda-feira, que inscreve os nomes de cerca de 65 mil "Soldados da Borracha" no Livro dos Heróis da Pátria. A proposta, de autoria da deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB), passou por todas as comissões da Câmara e foi aprovada, em caráter conclusivo, na Comissão de Educação, Cultura e Esportes do Senado, sendo o último relatório assinado pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) antes de ela assumir o cargo de ministra-chefe da Casa Civil.

Perpétua disse que a presidenta da República deu provas de bom senso ao sancionar a lei, atendendo ao clamor por justiça de fato. A parlamentar acreana, no entanto, ao tomar conhecimento da sanção, acelerou o esforço, junto às bancadas, para que a Câmara aprove, ainda, a PEC que equipara a pensão dos soldados da borracha aos ex-combatentes de guerra, além de uma gratificação natalina no mesmo valor da aposentadoria. Ela foi relatora de uma comissão especial que estipula o benefício em cerca de sete salários mínimos. "Vejo uma necessidade urgente de aprovarmos a PEC. O Brasil tem compromisso moral com estas famílias, especialmente com cidadãos que, atualmente, já atingem uma idade avançada e devem ser reconhecidos em vida pelo esforço de guerra naquela época tão difícil", disse a deputada.

"Os Soldados da Borracha estiveram sujeitos a condições de trabalho e sobrevivência extremamente severas, contribuindo diretamente para o mesmo objetivo dos ex-combatentes, que se uniram às Forças Aliadas para derrotar as Potências do Eixo", defendeu a senadora-ministra, que acatou integralmente as justificativas da deputada Perpétua Almeida. Seu voto foi acatado pela unanimidade dos senadores. 

A homenagem se deve ao trabalho realizado pelos 65 mil brasileiros que foram para a Amazônia durante a 2ª Guerra Mundial. "Esse contingente realizou notável trabalho, suprindo as necessidades de látex durante o conflito mundial, uma vez que foi bloqueado o acesso aos seringais da Malásia", explica ela.
Em seu relatório, Gleisi Hoffmann explica que, "embora não tenham participado dos combates, os Soldados da Borracha estiveram sujeitos a condições de trabalho e sobrevivência extremamente severas, contribuindo diretamente para o mesmo objetivo dos ex-combatentes, que se uniram às Forças Aliadas para derrotar as Potências do Eixo".

segunda-feira, 18 de julho de 2011

UNE TEM NOVO PRESIDENTE


Daniel Iliescu é eleito presidente da UNE
O carioca Daniel Illiescu foi eleito presidente da União Nacional dos Estudantes no segundo dia de plenária final de seu 52º Congresso. A eleição foi realizada no Ginásio Goiânia Arena e 3.153 delegados escolheram a nova direção. Daniel foi eleito com 75% dos votos e deverá assumir a entidade a partir de 11 de agosto, data da posse.
A abertura de inscrição das chapas se deu por volta das 13 horas. No total, foram inscritas quatro chapas que englobavam as 33 forças políticas presentes na UNE. A candidatura de Daniel Illesco contou com uma ampla composição de correntes políticas, que aglutinou os movimentos Mutirão, Kizomba, Mudança, a Juventude Socialista Brasileira, a Juventude do PMDB e a Juventude do Partido Trabalhista Brasileiro. 
Daniel, que foi eleito com 2.367 votos ressaltou a importância do congresso e acredita que o principal desafio da nova gestão será a luta em defesa da educação e o fortalecimento e união com os demais movimentos sociais. “As três principais bandeiras que devemos levantar nos próximos dois anos são: a destinação de 10% do PIB para a educação, o investimento de 50% do fundo social do Pré-Sal para a educação e a erradicação do analfabetismo. Acredito que dessa forma poderemos contribuir para que o Brasil tenha um projeto de desenvolvimento democrático, soberano, ambientalmente sustentável e socialmente includente”, afirmou Daniel.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Perpétua pede a ministro mais creches para o Acre

Ministro Hadad com a Bancada Feminina: avanços na Educação

Em resposta à deputada, Fernando Haddad (Educação) determina que sua equipe técnica oriente as 22 prefeituras do estado sobre como acessar verbas do Fundeb. Educaçao infantil é prioridade assumida pela presidente Dilma Roussef, que anunciou 6 mil estabelecimentos para atender crianças de 3 a 5 anos.

Os avanços na promoção de direitos das mulheres, tema de um concorrido encontro da Bancada Feminina com o ministro Fernando Hadad (Educação), na última quinta-feira, trouxe uma boa notícia para o Acre: atendendo a um pedido da deputada Perpétua Almeida (PCdoB), o ministro determinou que a sua equipe técnica oriente as 22 prefeituras do estado sobre como ter acesso aos recursos do Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação Básica destinados à construção de creches nestas cidades.

A deputada lembrou o compromisso, junto à Bancada Feminina, da então candidata à Presidência da República, Dilma Roussef, para corrigir um dos principais déficits da educação no país nos últimos anos: a formação de crianças.

O orçamento do FUNDEB de 2011 é 21% maior em relação a 2010, informou a deputada, para quem boa parte desses recursos, sem qualquer prejuízo a outros programas, pode ser revestida na ampliação do ensino infantil, um direito público que cabe a cada município implementar. O governo prevê beneficiar crianças de 3 a 5 anos. Para a deputada, "criança na escola ainda cedo também garante às suas mães grandes oportunidades de ajudar ainda mais nas despesas de casa" .

Segundo o estudo Custo Aluno Qualidade (CAQI), da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, as prefeituras espalhadas pelo Brasil teriam que ter iniciado, ainda em 2008, a construção de 9 mil creches por ano para atingir 36 mil novos estabelecimentos de Educação Infantil até o ano programado (2011).

O acesso a essa etapa de ensino é considerado pelos educadores um fator determinante para o sucesso escolar do aluno. "É fundamental para o processo de alfabetização e também para ampliar as chances de conclusão do ensino médio. Temos dados do Inep [Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais] que mostram que a criança que entrou mais cedo na escola, aos a anos de idade, tem 38% mais chances de concluir o ensino médio do que aquelas que entraram mais tarde, aos 6 anos", ensinou a deputada, que também é educadora.

Colégio de Aplicação

Noutro assunto abordado com o ministro, Perpétua Almeida levantou a sua preocupação com as dificuldades enfrentadas pelo Colégio de Aplicação. Hadad reafirmou a importância da instituição e anunciou que nos próximos dias editará uma portaria autorizando reformas e estruturação do colégio, com aumento no número de professores para atender a meta de um docente para cada grupo de 20 alunos. "Naturalmente, a tendência é investir mais para melhorar a qualidade do ensino", afirmou o ministro. 

Por meio do seu gabinete em Brasília, a deputada se pôs à disposição dos prefeitos acreanos para que suas assessorias sejam treinadas para se adequarem ao Programa Mais Educação. Esta iniciativa do governo federal garante o aluno na sala de aula durante o contra turno, mediante a aquisição de material didático e esportivo e ate bicicleta em municípios com até 20 mil habitantes. O incentivo ao uso das bicicletas ajuda na Saúde física de alunos e professores, segundo o objetivo principal do programa.

Brasil ensina que é possível avançar pela democracia, diz ElBaradei


Mohamed ElBaradei em conferência da AIEA de
2009 (Foto: Samuel Kubani/AFP).
Após revolução, Egito terá eleições livres pela 1ª vez em quase 30 anos.
Em entrevista ao G1, diplomata afirma que deve ser candidato a presidente.

Ele virou um ícone da diplomacia internacional ao negar a existência de armas de destruição em massa no Iraque de Saddam Hussein e, assim, desbancar o argumento da invasão do país pelos EUA em 2003. Pelo trabalho que fez na direção da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) da ONU, de 1997 a 2009, Mohamed ElBaradei recebeu o prêmio Nobel da Paz, tornando-se mundialmente conhecido.

Mas, dentro de seu país, o Egito, ElBaradei sabe que ainda precisa trabalhar muito para ganhar o reconhecimento que o mundo já lhe deu. Por ter passado tantos anos longe de casa, ele é visto por muitos como uma figura apática e desapegada dos assuntos internos. ElBaradei não só nega as "acusações", como diz que será candidato nas primeiras eleições livres do Egito em quase 30 anos, após a queda do ditador Hosni Mubarak, em fevereiro. De fato, antes mesmo do início dos protestos deste ano, o diplomata já havia retornado ao Egito e anunciado que gostaria de enfrentar o ditador nas urnas.

Em entrevista ao G1, por telefone, do Cairo, ElBaradei falou sobre democracia, sobre as lutas nos países árabes e, claro, sobre questões nucleares - tema de "A era da ilusão", seu novo livro, lançado em junho no Brasil pela Editora Leya. E disse que gostaria de aprender mais sobre música brasileira. Confira a entrevista:

G1 - O mundo acompanhou seu trabalho na agência nuclear e depois a batalha de seu país contra a ditadura de Hosni Mubarak. Então me diga, na primeira eleição livre doEgito em quase 30 anos, o senhor será candidato?
Mohamed ElBaradei - Eu pretendo concorrer à Presidência na eleição que deve ocorrer no final deste ano ou começo do ano que vem, de acordo com o cronograma. Ainda não se sabe com certeza. Eu venho pedindo ao Conselho Militar que faça uma previsão clara de datas, o que ainda não aconteceu. Acho que agora o cenário que vemos é a eleição parlamentar em outubro, novembro, seguida de uma Assembleia Constituinte eleita pelo Parlamento para fazer uma nova Constituição que será colocada em referendo e aí ter a eleição presidencial. No meio tempo acho que eles agora estão trabalhando em uma carta de direitos.

G1 - Fale desta carta de direitos.
ElBaradei - Como uma maneira de sair dessa bagunça constitucional em que estamos, para fazer as pessoas se sentirem seguras de que teremos uma Constituição que represente os diferentes setores da sociedade, eu propus que tenhamos uma carta de direitos, que garanta os direitos universais básicos - liberdade de religião, de expressão etc. Isso antes de fazer o esboço da Constituição. Também propus que essa carta seja fixa, sem possibilidade de mudanças e emendas.

Coloquei a minha proposta de carta na internet e pedi que as pessoas fizessem comentários, pois todos têm que concordar. Vai haver um comitê para avaliar as propostas de cartas, mas no fim sabemos os direitos básicos de todo seres humanos no mundo. Acho que, se conseguirmos fazer isso, uma carta que garanta os direitos consagrados que todos concordam, será um grande avanço antes de irmos ao próximo passo de adotar uma nova Constituição.

G1 - E o senhor acredita que essa carta irá acalmar os ânimos da população? Pois as pessoas voltaram às ruas, continuam protestando. A revolução não acabou?
ElBaradei - Não, a revolução não acabou. A revolução foi desencadeada. Mas acho que ela irá continuar até que as pessoas vejam que as razões pelas quais eles se revoltaram foram alcançadas. Nesse momento, eles veem que seus objetivos, de justiça e liberdade, não foram alcançados. As pessoas continuam nas ruas. Eles acreditam que a Justiça está lenta e está sendo negada a eles. Eles também querem um cronograma para as mudanças, e ainda há questões sociais.

Claro que temos um problema, pois investidores ainda estão ainda num modo 'esperar para ver', o turismo não voltou aos número que tinha antes. Há uma crise financeira, não há dinheiro suficiente para responder rápido à expectativa social, que é o que se imagina depois de uma revolução, não se pode mudar do dia para a noite. Esse é um dos desafios que estamos enfrentando.
ElBaradei durante os protestos na famosa praça Tahrir, em 30 de janeiro (Foto: Khaled Desouki/AFP)

G1 - O senhor concorda que o julgamento de Mubarak está demorando? O senhor concorda com o julgamento?
ElBaradei - Estão dizendo que ele será julgado em agosto e que outros membros do regime irão a julgamento em setembro e outubro e que é um processo lento. Eu concordo. Não é uma situação normal, é uma revolução, as pessoas querem ver os responsáveis pela tortura, matança, corrupção, colocados em julgamento. Querem ver um processo rápido de Justiça.

G1 - Críticos o enxergam como um líder ausente, mais conhecido internacionalmente do que dentro do Egito. Como o senhor pretende mudar essa visão na campanha?
ElBaradei - Eu obviamente terei que fazer um trabalho que requer muito esforço. Neste momento, eu tenho muito apoio entre a classe escolarizada. Nos próximos meses irei ao interior falar com pessoas comuns e explicar o porquê estou concorrendo, o que posso trazer para o país, e que após muitos anos de ditadura, como o país pode mudar e prosperar.

G1 - Se vitorioso, como o senhor lidaria com a política externa do país, especialmente em relação a Israel e ao Irã?
ElBaradei - A questão palestina não vai desaparecer. As pessoas se sentem ressentidas de que o problema não foi resolvido em 60 anos. Todo egípcio, árabe, acho que hoje todas as pessoas do mundo concordam que os palestinos têm o direito de ter um Estado independente. Barack Obama já disse que Israel deve voltar às fronteiras de 1957, que Jerusalém deve ser dividida. Até que isso aconteça não teremos estabilidade e paz no Oriente Médio. Na minha visão os israelenses não podem continuar a construir assentamentos ilegais em terras palestinas, usar a força e aí achar que vão estar seguros.

Um Egito democrático irá continuar a pressionar por uma resolução do conflito, pois sem isso não haverá estabilidade.

Com o Irã, eu acredito que devemos retomar imediatamente as relações diplomáticas, não temos relações pelos últimos 20 anos, o que não acho que é a postura certa. Sei que há diferenças de ideologia e de questões de segurança, mas não se pode resolver as questões se não nos engajarmos num diálogo. O que digo da relação do Egito com o Irã se aplica ao mundo ocidental, que é o que falo em meu livro. Se há falta de confiança, isso não desaparecerá se não se sentar para conversar. Por isso fiquei tão decepcionado quando a proposta do Brasil e Turquia para resolver a questão do Irã foi rejeitada. Acho que foi um erro.
Apoiador de ElBaradei segura caricatura durante a visita do Nobel da Paz à cidade de Mansura, em abril de 2010.

G1 - Falando no Brasil, que lições o senhor acha que os egípcios poderiam aprender com os brasileiros e vice-versa?
ElBaradei - Eu gostaria de aprender um pouco de samba, de música brasileira... Mas também acho que podemos aprender que pela democracia podemos avançar. Com a administração Lula, vimos quanta gente conseguiu sair da pobreza. Estive no Brasil há pouco tempo e vi como o Brasil avançou, toda vez que vou vejo sinais de desenvolvimento. Claro que ainda há questões sociais, econômicas, mas elas só podem ser resolvidas dando poder à população. E vi que Lula deixou o poder com cerca de 80% de aprovação, o que é ótimo. Acho que isso é algo que podemos aprender, que se você é aberto à população e eles vêem que você fez o melhor, eles respondem.

G1 - Sobre as revoluções no mundo árabe: o senhor apoia a intervenção da Otan na Líbia?
ElBaradei - Foi uma resolução autorizada pela ONU para usar a força para impedir a matança de civis. A Otan tem o poder de intervir. Claro que ainda há baixas e muitos civis morreram. Acho que os países vizinhos deveriam ter tentado achar uma solução política, pois a intervenção não terminou o conflito. Na minha opinião, nenhum desses assuntos será resolvido sem uma solução política.

G1 - Em seu livro, o senhor diz que estamos entrando em uma quarta era nuclear, em que precisamos fazer alguma coisa para não deixar conflitos nucleares emergirem. Como o senhor avalia o perigo nuclear atual? As coisas estão melhorando ou piorando?
ElBaradei - Eu acho que o status quo não é sustentável. Há nove Estados com armas nucleares, outros vinte e poucos que se apoiam no guarda-chuva dos EUA e estão dizendo a todos os outros países que eles não podem ter armas nucleares porque é perigoso. Minha preocupação é que isso não é sustentável. Hoje sabemos que todos podem ter a tecnologia, é possível ter de maneira "underground". Se os Estados nucleares não se comprometerem aos acordos de desarmamento, veremos definitivamente mais países tentando desenvolver armas.

Outra preocupação é que algum grupo extremista use armas nucleares, isso seria o pior cenário. Hoje, os Estados não as usam pois sabem que haveria retaliação e que seu país desapareceria da Terra. 

Temos que entender que qualquer regime, uma democracia, uma ditadura, quer sobreviver e, caso se sinta ameaçado, vai buscar armas nucleares. Outra parte do desafio é como manter a nossa segurança global sem armas nucleares. Precisamos trabalhar em um sistema que garanta a segurança de cada país, mas sem as armas.

G1 - O Irã está mesmo desenvolvendo armas nucleares ou esse perigo é superestimado?
ElBaradei - De novo: há preocupações sobre o que o Irã está desenvolvendo. O Irã diz que não está desenvolvendo armas nucleares, mas há um número de questões técnicas que precisam ser esclarecidas. Parte da suspeita é porque eles desenvolveram o programa nuclear de maneira escondida por muitos anos. Claro que eles argumentam que fizeram isso pois estavam sob sanções e a tecnologia era negada a eles desde a revolução.

Mas eu acredito que eles têm trabalhado no desenvolvimento da tecnologia, não necessariamente até o desenvolvimento de armas, pois eles acreditam que ter a tecnologia é quase como ter a arma, pois lhes dá o poder e o prestígio. O problema com o Irã são suas intenções futuras. Mas se há problemas com as intenções futuras, o único jeito de resolver isso é sentar na mesa e tentar construir a confiança. Isso é algo que não tem acontecido e por isso eu culpo tanto os Estados Unidos, a administração Bush, por não entender que as sanções não resolvem nada. E que é preciso achar uma solução pela negociação.

terça-feira, 12 de julho de 2011

SAUDAÇÕES SOCIALISTAS."PARABÉNS CAMARADAS"





 





Homenagem do Blog aos Camaradas Professores Comunistas, formandos do PROFIR, "avante camaradas".

TSE divulga calendário das Eleições Municipais de 2012

Foi publicado no Diário da Justiça Eletrônico, na edição de sexta-feira (8), o Calendário para as Eleições 2012. A Resolução 23.341/2011, que trata do calendário, foi aprovada pelo plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na sessão do dia 28 de junho e traz as principais datas a serem observadas por eleitores, partidos políticos, candidatos e pela própria Justiça Eleitoral. 

Para participar das eleições, os partidos terão até 7 de outubro deste ano para obter registro no TSE.

Em 2012, os eleitores brasileiros vão eleger prefeitos, vice-prefeitos e vereadores em 5.566 municípios. O primeiro turno das eleições municipais será no dia 7 de outubro e o segundo turno será no dia 28 de outubro.

Para participar das eleições, os partidos terão até 7 de outubro deste ano para obter registro no TSE. O limite é o mesmo para os candidatos filiarem-se às legendas.

A partir do primeiro dia do ano da eleição, os institutos de pesquisa ficam obrigados a registrar oficialmente seus levantamentos. Também a partir desse dia, governantes ficam proibidos de distribuir bens, valores ou benefícios gratuitamente.

As convenções para escolha dos candidatos devem ocorrer entre os dias 10 e 30 de junho. Nesse período, emissoras de rádio e TV estão proibidas de transmitir programas apresentados por candidato escolhido em convenção.

Após isso, partidos e coligações têm até o dia 5 de julho para registrar seus candidatos. No dia seguinte, fica liberada a realização de propaganda eleitoral, como comícios e propaganda gratuita na internet.

No dia 6 de agosto os candidatos devem apresentar à Justiça Eleitoral, para divulgação pela internet, a primeira prestação de contas parcial dos recursos recebidos para financiamento de campanha. A segunda prestação de contas parcial deve ser apresentada por candidatos e partidos políticos até o dia 6 de setembro.

A propaganda eleitoral gratuita na rádio e na TV começa no dia 21 de agosto e termina em 4 de outubro, três dias antes da realização do pleito. Nos municípios onde houver segundo turno, a propaganda fica permitida já a partir do dia 8. Em rádio e TV, já pode começar dia 13 de outubro e se estende até o dia 26.

Fonte: Assessoria

segunda-feira, 11 de julho de 2011

A alma estava em silêncio "ESCRITO POR MOISÉS DINIZ"


Acabo de chegar de Tarauacá. Antes passei pelo seringal Mira Flores, aonde estava acontecendo uma ação do Saúde Itinerante. Ali o governador Tião Viana assinou convênios com as comunidades rurais de Tarauacá, Feijó, Jordão e Manoel Urbano, no valor de 3,4 milhões, para investir em desenvolvimento comunitário.

No seringal Mira Flores está sepultado Sólon da Cunha, filho do autor de Os Sertões, Euclides da Cunha, que subiu o rio Purus, bem ali ao lado, para definir os marcos fronteiriços entre Brasil e Peru no início do século passado.

Na sexta-feira, 8, fui participar da maior festa da história educacional de Tarauacá, junto com Jordão: a formação de 244 professores, a maioria da zona rural e 9 indígenas kaxinawás e yawanawás.

Mesmo participando da mesa e com direito à palavra, decidi não falar. Ali eu tinha 244 professores, 244 padrinhos e mais 1.000 pessoas de cada lado das arquibancadas. Por que não falar para tão expressiva e seleta plateia? Acho que ninguém entendeu.

Vamos retornar a 1988, quando eu ainda era Inspetor de Ensino de Tarauacá, um cargo de indicação política do PMDB, no poder com Flaviano Melo. Naquele ano se elegeu prefeito, o jovem Esperidião Júnior, do PMDB, com o apoio informal do PCdoB, que nascera 2 anos antes. O apoio informal se deu porque a banda conservadora do PMDB não aceitou coligação formal com os comunistas.

Eu obtive 55 votos para vereador e a chapa comunista, com índios e agricultores como candidatos, obteve generosos 173 votos. A legenda passou longe e nós aguardaríamos até 1992 para conquistar vagas na Câmara Municipal de Tarauacá.

Na educação, Josué Fernandes, Secretário de Estado de Educação, inovava com a proposta avançada de eleger os Inspetores de Ensino, através do voto dos professores de cada município. Em Tarauacá, nós concorremos e ganhamos. Mas, não entramos na disputa de qualquer jeito. Como dirigente da ASPAC e militante do PCdoB, construímos uma aliança com o jovem prefeito do PMDB, Esperidião Júnior, e ganhamos a eleição do outro candidato, ligado ao PMDB, hoje militante do PCdoB, o professor Narcélio Bayma.

Em todos os municípios do Acre, os candidatos vitoriosos que não eram do PMDB não assumiram. Eu fui o único oposicionista que assumiu o cargo, porque houve uma articulação local, envolvendo o prefeito, que neutralizou o deputado do município, Manoel Machado, do PMDB, e deixou o governador Flaviano Melo sem condições de ceder às pressões da banda conservadora do PMDB.

Naquele episódio, Josué Fernandes, um democrata de corpo e alma, foi derrotado pelos caciques do PMDB, que não aceitaram aquela “estória” de eleger os dirigentes do ensino e perderem a indicação dos cargos políticos. Eu fui “salvo” pela engenharia política local, que soube aliar poder popular com a banda progressista do PMDB.

E o que tudo isso tem a ver com a festa de colação de grau de ontem a noite?

Naquele ano, numa de nossas visitas ao rio Murú, em busca de reorganizar o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, encontramos a senhora Maria Farrapo, a Jóia, esposa do delegado sindical Julião, da comunidade Semeada, seringal Lancha.

Dialogando com a comunidade sobre os seus direitos, a primeira reivindicação foi o pedido de uma escola. O que fazer? Ninguém na cidade se dispunha a ir dar aula naquele seringal e lá não tinha ninguém alfabetizado, apesar de já estarmos no ano de 1988 do século vinte. E olhe que, naquele ano, o homem já pisara na lua há 19 anos!

Qual a saída? Convencemos o Julião a levar sua esposa para a cidade para ser alfabetizada nos finais de semana. Não havia nenhum programa formal. A Jóia foi alfabetizada pela professora Pilha, ex-vereadora do PCdoB e hoje secretária estadual de organização do Partido e esposa do hoje vereador comunista Luiz Meleiro. O tempo passou rápido como uma tempestade de infinitas pedras de diamante.

A Jóia concluiu o antigo primário, o primeiro grau, o ensino médio e, ontem, era uma das mais animadas professoras rurais que se formava em pedagogia pela Universidade Federal do Acre. O exemplo da Jóia foi aqui citado para ilustrar a presença de dezenas e dezenas de professoras e professores rurais que trilharam um caminho semelhante.

Naquele ginásio coberto estava a história de um quarto de século, envolvendo o Partido Comunista do Brasil, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais e a antiga ASPAC, que se transformou no Sindicato dos Trabalhadores em Educação.

A Jóia, por exemplo, nesses 23 anos, continuou militante do PCdoB e delegada sindical de sua comunidade, depois que o seu marido decidiu viver na cidade com outra mulher. E hoje professora graduada de sua aconchegante Semeada.

Daria um livro relatar a história da professora Libânea, de 71 anos, esposa do líder camponês Hipólito, que participou da Rebelião de Alagoas contra os patrões seringalistas. A professora Libânea, militante do PCdoB há duas décadas e sindicalista, se formou ontem, junto com a sua filha e minha primeira comadre de Tarauacá.

Nessa história de resistência figuram personagens vivos e atuantes como Raimundo Lino, o Trovoada, José Sidenir, Chagas Batista e tantos outros combatentes da luta por terra e educação, vitoriosos ali, naquele ginásio de esportes, no anoitecer do dia 8 de julho de 2011.

A história segue envolvendo lutadores do sindicato rural e do sindicato da educação. Foram duas décadas e meia de luta para formar uma consciência avançada e conquistar vitórias ímpares nas margens lamacentas dos rios Tarauacá e Murú. Por isso que não falei, porque aquela mesa de autoridades estava toda torta, desencontrada com a nossa história e as nossas raízes.

Agora, como um relâmpago, vamos saltar para o ano de 2005, quando o ex-governador Jorge Viana decidiu investir na formação de terceiro grau para os professores rurais e indígenas. Quando foram anunciadas as vagas para Tarauacá, ficaram de fora os professores provisórios, municipais e estaduais.

Como aqueles homens de forte utopia, o professor Acioly, presidente do SINTEAC de Tarauacá, decidiu iniciar um movimento pela inclusão dos professores provisórios. Falo de utopia, porque era difícil convencer o Governo a investir em professores que poderiam não vir a se tornar professores permanentes.

Acioly nos ganhou para a proposta e passamos a envolver outros personagens. Eu estava no nosso primeiro mandato de deputado estadual e acionei o líder do Governo Jorge Viana na Aleac, deputado Edvaldo Magalhães, do PCdoB.

O SINTEAC de Tarauacá mobilizou outros municípios. A luta se estadualizou. Edvaldo Magalhães e eu, junto com outros deputados, como Naluh Gouveia, ganhamos o coração do Secretário de Estado da Educação e vice-governador, Binho Marques, que conquistou o coração do governador Jorge Viana. Os professores provisórios ganharam o direito de fazer faculdade em todos os municípios do Acre. Foram quase mil professores a mais.

Por isso que não dava para aquela festa deixar de fora os seus principais personagens. Não podemos mais permitir que a história, com as suas angústias e suas alegrias, fique de fora das festas vitoriosas do presente. Acioly devia estar naquela mesa, junto com lideranças rurais como Raimundo Lino, Chagas Batista, José Sidenir e tantos outros.

Naquela mesa não podia ficar de fora a professora Francisca Aragão, símbolo da educação de Tarauacá. A professora Francisca, junto com o Acioly, deveria ter direito à mesa e à palavra, para celebrar a história e os seus filhos. Uma falha inaceitável do presente descuidado, que não honra quem nos trouxe até aqui. O cerimonial da UFAC precisa pedir sinceras desculpas à história.

Mas, que não se culpe apenas o cerimonial da UFAC, porque ali, naquele ato, dava para perceber que, em Tarauacá, algo mais se perdeu que precisa se achar. E foi assim que eu decidi fazer um protesto, silencioso e elegante, enquanto posso fazer, e depois registrar, para que a história nunca mais seja descartada de nossas mesas e de nossas conquistas.

Naquela mesa está faltando ele e a saudade dele está doendo em mim...

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Frente Parlamentar de apoio ao cooperativismo no Acre

Na manhã desta segunda-feira, 04, aconteceu o lançamento da Frente Parlamentar de Apoio ao cooperativismo (Frencoop/AC) na Aleac. O deputado estadual Eduardo Farias (PC do B) reuniu a imprensa, representantes de cooperativas e outros parlamentares estiveram presentes apoiando a frente parlamentar. “Essa Frente Parlamentar é muito importante porque representa o marco legal do cooperativismo no Acre”- Expôs o deputado Eduardo Farias, líder do PC do B na assembléia.

A idéia da Frente é compor com todos os deputados estaduais, independente de partido, para juntos desenvolvermos e estimularmos o cooperativismo no Estado. A frente tem como objetivo ajudar a desenvolver o cooperativismo no Acre, apresentando mecanismos para estimular atividades por meio de políticas públicas.

seg, 04-07-2011 12:31 

A apresentação da Frente Parlamentar de Apoio ao Cooperativismo acriano contou com a participação de representantes de cooperativas do Estado, dos deputados estaduais Denílson Segóvia (PSC), Lira Morais e Astério Moreira (PRP), Moisés Diniz (PCdoB), líder do governo, e do deputado federal Sibá Machado (PT).

O lançamento de Frente parlamentar de Apoio ao cooperativismo (Frencoop/AC) na Aleac faz parte da Semana do Cooperativismo Acriano, que ocorrerá de 2 a 9 de julho.

Da Assessoria

Comissão da Verdade une PCdoB e ministra dos Direitos Humanos

 A ministra disse que a bancada do PCdoB pode está à frente da luta em defesa dos direitos humanos.

A Comissão da Verdade foi o "prato principal" do almoço-reunião entre a bancada do PCdoB e a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (6). Existe consenso entre o PCdoB e a Secretaria de Direitos Humanos de ver aprovado o projeto do governo que institui a Comissão da Verdade, que vai apurar os fatos ocorridos durante a ditadura militar no período de 1964-1985.“Acreditamos que vai ser aprovado com o apoio dos partidos comprometidos com esse tema, mas buscando o apoio de todos para o fortalecimento da nossa democracia”, afirma a ministra, destacando que “identificar a violência de Estado praticada na época da ditadura é uma responsabilidade que a atual geração tem com aqueles que se dedicaram a construção desse momento que vivemos no Brasil”.

A opinião da ministra é compartilhada pelos líderes comunistas. O presidente nacional do Partido, Renato Rabelo, quer a criação da Comissão da Verdade “que possa efetivamente funcionar e resgatar essa memória importante, porque um país não vive sem memória, que é a argamassa de sua história”. 

Ele lembrou que a deputada Manuela d´Ávila (PCdoB-RS) na presidência da Câmara pode ajudar na tramitação e aprovação rápida da matéria. “A gente não tem que fazer articulação apenas com o ministério, mas também com os parlamentares”, diz Rabelo, lembrando que também a ministra destacou a importância da dobradinha entre a Secretaria de Direitos Humanos e a Comissão de Direitos Humanos da Câmara na aprovação dessa e de outras matérias. 

O líder do PCdoB na Câmara, deputado Osmar Júnior (PI), também enfatizou o desejo de ver aprovado, com rapidez, o projeto que será enviado pelo governo instituindo a Comissão da Verdade. “O assunto está sendo objeto de conversações e essa reunião faz parte disso e nós queremos que ele tenha tramitação rápida, que é ponto essencial para que, aprovada, ela possa permitir que se faça o resgate da memória histórica do Brasil.”

Renato Rabelo avalia ainda que a Comissão da Verdade é um grande desafio para ser instituída no Brasil. “Os países vizinhos já superaram esse assunto e nós, mesmo com o ciclo político inaugurado por Lula, ainda não conseguimos superar os obstáculos para instituir a Comissão de Verdade”, lembra o líder do PCdoB.

Fortalecimento da democracia

A conversa entre a ministra e os parlamentares do PCdoB incluiu ainda o direito à verdade e à memória, o cumprimento da sentença da OEA (Organização dos Estados Americanos) sobre a Guerrilha do Araguaia e o fortalecimento da democracia. 

“O tema de direitos humanos é um tema da democracia de um país verdadeiramente desenvolvido e o PCdoB é parte da construção dessa democracia brasileira. Ofereceu generosamente suas melhores energias e melhores quadros em cada momento de sua história que se confunde com a história do Brasil”, afirmou a ministra.

Sobre a sentença da OEA, ela diz que “nós do governo federal queremos cumprir e contamos com a bancada do PCdoB, que pode estar à frente dessa luta e nos aproxima da memória e da verdade”.

A ministra Maria do Rosário também falou sobre a discussão do projeto de sigilo eterno dos documentos ultrassecretos que está tramitando no Senado. Ela disse que no projeto inicial do presidente Lula nunca houve visão de sigilo eterno para documentos relativos à questão de direitos humanos. 

Na avaliação dela, o Senado quer mudar a matéria aprovada na Câmara e tem mobilizado o governo nesse sentido, mas que a bancada do governo no Senado e a SDH, dialogando com a presidente, afirmam da importância que o projeto seja mantido no Senado como foi aprovado na Câmara.