Muitas vezes ficamos indignados com o que está ocorrendo no cenário político, fazemos um discurso moralizador, muitas vezes chegamos a dizer que não gostamos de política e logo a ignoramos. Esse deve ser um discurso que ouvimos não apenas em nossa cidade, mas em todos os lugares do nosso país, porém devemos parar para pensar que a nossa vida é quase que totalmente “regida” pela política, convivemos com algo que não gostamos, talvez não porque exista tantos políticos corruptos, ou seja, pela simples explicação de que não fomos educados politicamente. Pensemos um pouco: Se somos pessoas capazes e criticas, por que não pensar que somos nós que devemos mudar esse cenário? Isso mesmo, nós podemos e devemos mudar esse cenário. Pois os políticos não são seres que vieram de outro planeta, são pessoas que saíram do meio social em que vivemos e atuamos, é baseado nisso que podemos dizer que a nossa responsabilidade é enorme, pois se estamos convictos da nossa responsabilidade ou preparados para a manutenção do bom funcionamento da sociedade, é prudente dizer que temos a obrigação de formar pessoas capazes de dirigir nosso destino, homens de bem, que tenha a capacidade e o caráter que se espera de uma pessoa seja político ou não, que o senso comum que todo político é corrupto seja algo ultrapassado e que entre em desuso.
A efetivação da nossa participação no meio político é tão importante quanto a preocupação que temos em relação aos nossos interesses particulares. Jamais teremos uma sociedade justa se não for por nossa força de interferência no meio social, como vivemos em um sistema injusto e cruel, é obvio que teremos que tomar a frente nas lutas populares, ou seja, somos nós, o povo, que temos que ditar as regras da sobrevivência no meio que vivemos. No sistema capitalista o mais elementar para o bom desenvolvimento humano, fica muito difícil de ser concretizado, isso mesmo. Fomos educados para achar normal a acumulação de bens, as riquezas “ficarem nas mãos” de poucos, e é isso que gera tanta desigualdade. O mundo sempre foi cheio de acontecimentos fora do “normal”, sempre tivemos uma humanidade contraditória, uma humanidade que jamais pensou em uma unidade, mesmo em plena evolução os humanos não deixaram de querer mais do que seu semelhante, o exemplo do período paleolítico(período da descoberta do fogo) ou até mesmo o exemplo da escravidão negra, que traz lembrança do quanto somos levados pela individualidade, as varias etnias que existiram no continente africano nunca tiveram uma uniformidade de sociedade, no ápice de suas desavenças, com sua vontade de sobreviver, e na ânsia de ter o domínio pleno na luta pela “superioridade”, fizeram de seus inimigos uma mercadoria.
Certamente estamos em uma sociedade que não consegue enxergar um horizonte prospero para a humanidade, não porque somos uma sociedade cruel, mas sim porque somos induzidos a tal comportamento. O bom de tudo é que somos os únicos a ter o poder da transformação, mas isso é outros quinhentos. Com certeza podemos até pensar que somos insignificantes em relação a imensidão do nosso velho planeta; Consequentemente pensar que seria muito difícil promover essa transformação, pois o que devemos pensar é que temos que iniciar, pois a historiografia mundial já provou que nada é intransformável, é só lembrarmos do iluminismo (foi um movimento global, ou seja, filosófico, político, social, econômico e cultural, que defendia o uso da razão como o melhor caminho para se alcançar a liberdade, a autonomia e a emancipação). Talvez até consigamos a efetivação da sociedade comum a todos, ou não, mas de uma coisa temos certeza, um dia teremos outro sistema político, social e econômico. Enquanto isso temos que fazer ou promover essa mudança, desde as nossas escolas, bairros e cidades, não podemos ficar somente assistindo, temos que nos inserir nesse processo chamado política. Não somos obrigados a ser políticos, porém temos que ser minimamente politizados, é essa virtude que devemos ter, pois é nela que devemos nos apoiar e promover a tão sonhada sociedade justa.
professor: Edivan Barbosa
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