terça-feira, 30 de junho de 2009

As frentes de luta e o programa de transição do capitalismo para o socialista.

Diante de um quadro na América Latina que se iniciou em 1998 com uma rebelião político-social que criou condições mais favoráveis à luta anti-imperialista e ao projeto socialista na região. Da luta de resistência ao neoliberalismo brotaram a partir do final do século passado, e início deste, governos resultantes de um caminho singular: luta social e luta política forjando frentes partidárias que, pela via eleitoral, conquistaram governos centrais de vários países. Tais vitórias, com conteúdos e dinâmicas distintos, iniciaram um processo rico de integração solidária no continente. Os governos de três países proclamaram a determinação de realizar a transição do capitalismo ao socialismo: Venezuela, Equador e Bolívia. Neles foram eleitas Assembléias Constituintes que aprovaram Constituições que contemplam demandas avançadas. O ordenamento jurídico e político foram alterados positivamente. Na esfera econômica, o Estado é fortalecido como impulsionador do desenvolvimento e a economia nacional é robustecida.

Peru e Bolívia, dos países que fazem fronteira com o Brasil (Uruguai, Argentina, Paraguai, Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, Guiana e Suriname, e com o Departamento Ultramarino Francês da Guiana) são os dois que fazem fronteira com o nosso estado do Acre daí a importância do partido em suas diversas frentes institucional, parlamentar, movimento social, sindical e na luta de idéias esteja em sintonia com o programa de transição do capitalismo para o socialista conforme artigo 73 que orienta no sentido de executar uma política externa independente, correspondente a um novo lugar e um novo papel progressista do Brasil no mundo, em que prevaleçam os valores de cooperação, da convivência democrática, do direito internacional, da defesa da paz e da solidariedade com os povos e nações. A integração solidária da América do Sul, as parcerias estratégicas com Estados semelhantes e a diversificação do comércio exterior devem ser alargadas levando em conta a aplicação geral da política sul-sul. Pela sua dimensão estratégica, lutar para fortalecer a Unasul. Dinamizar e ampliar o Mercosul com a Venezuela e outras parcerias. Reforçar o caráter de uma união aduaneira e mercado interno comum, e construção de maior institucionalização com a efetivação do Parlamento do Mercosul.

Fundamentado nesta estratégia é que algumas ações executadas no nosso estado merecem ser destacadas como elementos da nossa tática para que as mesmas não sejam relativizadas pelo senso comum.

Diante deste processo rico de integração o grande destaque inclusive na mídia nacional é a construção da Rodovia Interoceânica ligando o Brasil ao Peru via terrestre, no entanto merece destaque algumas ações encabeçadas pela Assembléia Legislativa do Estado do Acre em parceria com diversas instituições da sociedade através do programa Assembléia Aberta 2008, realizado em maio do ano passado, em Santa Rosa do Purus deram-se inicio a uma agenda pela integração onde o alfandegamento de mercadorias comercializadas entre o Brasil e o Peru pelo rio Purus ao se concretizar planta mais uma semente pela integração defendida há 100 anos por Euclides da Cunha como um dos eixos de integração entre o Brasil e Peru.

Depois deste fato histórico do primeiro alfandegamento no rio Purus, a Aleac deu prosseguimento às sua agenda pela integração realizando sessões legislativas binacionais com os parlamentares do Departamento de Ucayalli. Propõe o Poder Legislativo acreano que se inaugure uma rota aérea cargueira, em princípio, entre Cruzeiro e Pucallpa no transporte de gênero de primeira necessidade entre os dois pólos. O Acre exportaria carne, especialmente, e, em troca, o Juruá compraria produtos como tomate, cebola, batatas e todos os itens hortifruti disponíveis em abundância no vizinho país.

A proposta está sendo levada a sério pelos dois lados. Mas o obstáculo principal não é a distancia entre as cidades [40min de vôo], nem a densa floresta que separa as duas comunidades, e sim o alto muro da burocracia existente entre o Brasil e o Peru.

Não importa o volume, nem tampouco a variedade. Trata-se de um gesto político que nos remete à necessária aproximação com os vizinhos mais de perto. Com um mercado de milhões de consumidores que se abre com a transoceânica. Nós, do Acre, precisamos dialogar e debater mais acerca desse novo desenho geopolítico que vai nos forçando a um giro de 180 graus. Ficar de frente para o pacífico é uma atitude sábia nestes tempos de busca de caminhos novos para um desenvolvimento ambientalmente sustentável e socialmente justo.

É preciso que este mesmo caminho seja trilhado pelo movimento social e sindical que a bem pouco tempo presenciou a morte de pelo menos 17 pessoas em Pando numa chacina supostamente executada a mando do governador de Pando, Leopoldo Fernándes, preso pelo governo boliviano sob a acusação de ter contrariado o estado de sítio. Segundo a Federación Sindical Única de Trabajadores Campesinos de Pando, existem 106 pessoas desaparecidas, os problemas da legalização de terras, do desmatamento, de segurança de saúde e etc.

A frente de luta de idéias também deve ser pautada no sentido de estabelecermos bandeiras de luta em comum sobre o modelo de desenvolvimento para a Amazônia onde ambos precisam se contrapor aos extremos do modelo santuarista verso o desenvolvimentismo a qualquer custo e construírem uma alternativa de desenvolvimento que leve em consideração os diversos aspectos do povo amazonida. O potencial energético da região nos remete a definir um modelo energético limpo que respeite o meio ambiente. Outro tema interessante são as doenças tropicais comuns entre Brasil, Peru e Bolívia que poderiam ser tema de debates das Universidades destes países através de seus cursos de medicina etc.

Esse conjunto de ações articuladas pode orientar a ação política organizada de amplo movimento democrático, contrapondo-se aos obstáculos conservadores políticos e econômicos dominantes. A jornada para realizá-las canaliza energias para responder às necessidades crescentes materiais, políticas e culturais do povo. São, portanto, forças-motrizes para o avanço da transição do capitalismo para o socialismo.

Inácio Moreira, pedagogo, coordenador do núcleo de Estado e Classes da Escola Estadual do PCdoB - Ac.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

PARTIDO VIVO: PC do B, rumo ao 12º Congresso


Momento de empenho e entusiasmo militante pelo fortalecimento do PCdoB

O 12º Congresso do Partido Comunista do Brasil já começou. Entre junho e novembro, os mais de 200 mil membros do partido irão debater e deliberar sobre uma pauta onde se destaca o Projeto de Programa Socialista para o Brasil. Ele não se limita a atualizar e desenvolver o Programa adotado em 1995. É um novo programa.

O Projeto tira lições da grande crise capitalista mundial, prova viva de que o socialismo é preciso, e também das experiências socialistas do passado e do presente. O documento apresenta a transição do capitalismo ao socialismo como necessária para um terceiro avanço civilizacional brasileiro, depois da Independência, da Abolição, da República e do movimento de 1930. Indica as contradições fundamentais do Brasil atual e as propostas para superá-las. Oferece um norte para a luta do PCdoB, da classe trabalhadora e do povo.

Mas o documento em debate avança mais. Aponta também o caminho brasileiro para o socialismo: um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento. Esta plataforma de luta, concreta e imediata, visa a fortalecer o Brasil como nação soberana, democrática, próspera e socialmente avançada. É a contribuição do PCdoB, não só para uma nova vitória do povo nas eleições de 2010, mas para o conjunto dos embates de classe da atualidade, tanto no plano institucional como nos movimentos de massas e na luta de ideias.

O Congresso, órgão máximo do PCdoB, é um acontecimento democrático destacado na vida política brasileira. Nos próximos meses, os comunistas debaterão o Projeto de Programa, a crise capitalista, a situação mundial e nacional, bem como o impulso para a construção de um partido comunista forte e renovado. Desde as organizações de base, será revolvida a vida partidária e eleitos democraticamente seus órgãos dirigentes em 27 Estados e 2300 municípios. Levarão o debate também para a sociedade, dialogando com os trabalhadores, os movimentos sociais, a intelectualidade progressista e as demais forças políticas avançadas. O debate culminará nos dias 5 a 8 de novembro, em São Paulo. Ali os delegados votarão os temas discutidos, criticados, desenvolvidos, enriquecidos e aperfeiçoados por milhares de homens e mulheres, desde a mais longínqua aldeia indígena amazônica até a mais avançada plataforma petrolífera oceânica.

O Comitê Central chama todos os quadros, militantes e filiados, as organizações de base e de direção do PCdoB a darem o melhor de si, a partir de agora, pela mobilização do 12º Congresso, preparando amplamente seus quadros para liderar esse debate em todo o país. Abre as portas do Partido para os brasileiros que desejem assinar sua filiação e participar plenamente desta construção. Expressa a convicção de que o Congresso será um marco no fortalecimento do PCdoB; e de que o Programa Socialista, com seu Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento, ajudará a iluminar os passos de nosso povo em sua jornada libertária.


O Comitê Central do PCdoB, junho de 2009

Documentos do 12º Congresso

>> Programa Socialista para o Brasil: O fortalecimento da Nação é o caminho, o socialismo é o rumo!
(
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>> Projeto de Resolução Política - Internacional: União dos Povos na Luta Antiimperialista
(
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>> Projeto de Resolução Política - Crise do Capitalismo: A extensa, profunda e grave crise do sistema capitalista
(
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>> Projeto de Resolução Política - Nacional: Garantir a continuidade do ciclo progressista, aberto em 2002 no Brasil, promovendo o aprofundamento das mudanças
(
baixar em PDF)

>> Política de quadros comunistas para a contemporaneidade
Partido revolucionário para um período singular de lutas

(
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>> Propostas de alterações no estatuto do Partido Comunista do Brasil
(
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>> Resolução da Comissão Política Nacional sobre a Carteira Nacional Militante - Um gesto, um movimento
(
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>> Normas Congressuais para o 12º Congresso do PCdoB
(
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>> Ficha de participação

Para baixar todos os documentos consolidados (em Word), clique aqui

Resoluções

>>
Resolução do CC sobre o 12º Congresso do PCdoB

Artigos

>>Governar pelos quadros: o desafio da construção partidária (Walter Sorrentino)



Calendário

>> Agenda geral de atividades do PCdoB em 2009

O que já foi publicado

>> Notícias envolvendo o 12º Congresso

Memória

>> Veja como foi o 11º Congresso e o 10º Congresso

sábado, 20 de junho de 2009

CAMARADA MOISÉS TEM PROJETO APROVADO

Feriado no meio da semana passa para sexta, aprova AssembléiaPDFImprimirE-mail
18 de junho de 2009
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Moisés, deputado comunista, é o autor do projeto na Aleac.

Por unanimidade, os deputados aprovaram nesta quinta-feira, 18, projeto de lei de autoria do deputado Moisés Diniz (PC do B) que prevê o adiamento para sexta-feira dos feriados que caírem entre segunda-feira e quinta-feira.

O projeto exclui os feriados que caem aos sábados e domingos, 1o de janeiro (Dia da Confraternização Universal), 7 de setembro (Independência) e 25 de dezembro (Natal), 15 de junho (aniversário do Estado do Acre) e 6 de agosto (Revolução Acreana), ressalvados os feriados municipais. Quando ocorrerem mais de um feriado na mesma semana, eles serão comemorados em dias subseqüentes para que o repouso não seja interrompido.

O deputado Moisés Diniz explica que o objetivo do projeto é organizar o dia-a-dia da população e contribuir com o processo de produção nas empresas. "Uma seqüência de feriados quebra o ritmo de trabalho do mercado. A área de tijolos, por exemplo, que possui uma linha de produção com procedimentos rigorosos, pode perder o prazo de entrega e prejudicar toda a cadeia do setor da construção", explica o deputado.

As perdas econômicas com o chamado "feriadão" já foram objeto de um estudo da Fieac (Federação das Indústrias do Estado do Acre). Os mesmos estudos, realizados em âmbito nacional, levaram a Câmara dos Deputados a propor projeto semelhante aprovado em abril de 2009 e que já está tramitando no Senado. O projeto da Câmara exclui apenas os feriados de Ano Novo, Independência e Natal.

[A informação é da agana]

EDVALDO MAGALHÃES: Um homem chamado política.


AnônimoPor: Nelson Liano Jr.

Quem conhece e acompanha o trabalho do presidente da Aleac, deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), sabe que ele respira política 24 horas por dia. Fazer uma simples entrevista com o parlamentar é uma luta. O celular de Edvaldo não pára de tocar com ligações de todos os lugares do Estado e do país. Ele atende todas, conversa, articula e dá conselhos. Uma greve no Juruá, um deputado que está saindo da linha, um vereador que está perdido, uma decisão do Governo do Estado, um empresário buscando caminhos, um prefeito querendo soluções ou um simples eleitor angustiado com um problema pessoal. O comunista dá atenção a todos sempre com a perspectiva do presente e do futuro. A sua recompensa é que provavelmente ninguém detém melhor conhecimento do mapa político do Acre. Talvez por saber que representa um partido forjado na clandestinidade dos “anos de chumbo”, Edvaldo valoriza tanto o diálogo aberto e democrático com todos os setores da sociedade.

Legalidade
No próximo ano o PCdoB comemora os seus 25 anos de legalidade. Para Edvaldo Magalhães, que conseguiu articular e unir o partido no Estado, a celebração deverá vir acompanhada de algumas reflexões. “Eu sou da geração da quase legalidade e posso dizer que trago na memória as grandes dificuldades. Mas, sobretudo, valorizo a importância da legalidade de um partido como o nosso que foi impedido de expor suas idéias e fazer o combate aberto sob a luz do dia. Houve um tempo que se dizia que os comunistas eram amantes das restrições, mas nós somos amantes da liberdade porque fomos a força política no Brasil que mais sofreu com as restrições da liberdade. Nós conhecemos a crueldade da ditadura. Por isso, somos amantes da liberdade e sabemos o peso daqueles que não a defendem. Portanto, se quebra um tabu da idéia de que os comunistas são absolutistas. Nós somos quem mais valoriza esse período democrático que estamos vivendo porque podemos nos relacionar com a comunidade e sermos respeitados. Foi nesse período que, inclusive, conseguimos ascender a postos significativos seja no Legislativo, no Executivo, nos espaços institucionais, nas organizações não-governamentais ou seja no debate aberto com a opinião pública. Nós vivemos um momento muito importante na história democrática do Brasil. Afinal, somos o país que mais avança na consolidação e aperfeiçoamento da sua democracia”, disse ele.

Qual a importância de um partido que conquistou seu lugar ao sol?
Ninguém tem dúvidas sobre a importância do PCdoB para a mais recente história acreana. O partido conseguiu se tornar uma espécie de escola de política. Orienta seus filiados desde a juventude através da UJS e participa de todas as decisões importantes que afetam a vida social e política dos acreanos. Edvaldo Magalhães fala com orgulho da estruturação que o PCdoB conseguiu no extremo ocidental da Amazônia. “Às vezes, se confunde o acerto de um programa avançado de uma ideologia conseqüente com o posicionamento político. Na política, é preciso saber interpretar o sentimento das pessoas para estabelecer uma tática correta. Portanto, tem que se dominar o jogo conservador e burguês daquele momento histórico e acertar na estratégia compreendendo bem os sentimentos das pessoas e as regras para atuar e fazer avançar o processo. O PCdoB, no Acre, soube compreender bem isso. Quando apostamos na construção de um pólo novo da política acreana, que ficou conhecido como Frente Popular do Acre, foi o grande acerto tático que o PCdoB teve no Estado. Quem primeiro falou da necessidade de se construir a FPA que aglutinasse as forças progressistas de esquerda num pólo para disputar o poder foi o PCdoB. Essa bandeira se tornou material e se concretizou na candidatura de Jorge Viana, em 90. Nós fizemos funcionar esse processo e participar dele com a lealdade política, compromisso histórico e também com a contribuição programática para se fazer parte desse processo de maneira maiúscula e não periférica. O PCdoB se tornou uma força política respeitável. Em cada momento de crise desse processo que vai completar 20 anos, participamos de forma avançada sabendo, inclusive, atualizar o sentimento popular. Isso fez com que o partido crescesse. No Acre, somos um grande partido.

E o PCdoB na oposição?
Nas rodas de conversas sobre política no Estado sempre se fala na hipótese de um dia o PCdoB se tornar oposição. Isso se deve ao próprio crescimento e representatividade que o partido conseguiu nos últimos 20 anos. Edvaldo Magalhães es-clarece o posicionamento atual da sua agremiação política. “A nossa relação com o PT é a mais amadurecida possível. Vivemos um momento que exige de todos nós muita responsabilidade política. Porque é justamente aquela situação em que a chamada mosca azul freqüenta as mentes e o pé de ouvido das lideranças políticas. Cada um começa a pensar no seu projetinho pessoal e pode ser tentado por forças políticas, relações de amizades pessoais, por grupos e blocos, a adotar uma postura que deixe de olhar o horizonte construído ao longo do tempo e passe a olhar o horizonte pessoal e carreirista. Nós estamos vacinados em relação a isso. Fomos vítimas muitas vezes do oportunismo e do carreirismo político internamente. Mas o nosso partido, no Acre, passou por grandes crises na década de 90 para poder se reposicionar politicamente. O nosso crescimento não nos leva a uma visão cega e restrita dos desafios e problemas que a FPA enfrenta nessa atual fase. Mas a nossa visão estabelece que o Acre continua precisando da unidade das forças de esquerda e progressistas comprometidas com o nosso desenvolvimento para podermos consolidar esse processo de mudança. Porque nós ainda não fizemos a mudança completa e precisamos completar a mudança que nós começamos”, salientou.

O papel dos comunistas nas eleições de 2010
As especulações em torno do nome da deputada Perpétua Almeida (PCdoB) para disputa do Senado são grandes. Também se fala muito que o deputado Edvaldo Magalhães seria o candidato natural a vice, numa chapa para o governo com o senador Tião Viana (PT-AC). No entanto, o parlamentar prefere adotar um discurso de cautela em relação às próximas eleições. “A FPA acumulou experiência política e administrativa fenomenal, mas também acumulou problemas. Aliás, o problema que nós temos a oposição queria ter e não tem. A nossa grande vantagem é ter um leque de lideranças que ao longo do tempo foram se consolidando para o nosso povo. Vou citar algumas, como o governador Binho Marques (PT), o senador Tião Viana, a senadora Marina Silva (PT-AC), o ex-governador Jorge Viana (PT), o prefeito Raimundo Angelim (PT), a deputada Perpetua Almeida, o deputado Moisés Diniz (PCdoB) e eu. Além de tanto outros parlamentares do PT como Henrique Afonso (PT-AC), o Fernando Melo (PT-AC) e o Nílson Mourão (PT-AC). São lideranças políticas desse leque de alianças que foram se firmando, não por atitude pon-tual, mas pela coerência política e posicionamento ao longo da história. Esse quadro é o nosso patrimônio, as nossas jóias, fruto do esforço coletivo que fomos construindo. Somos frutos da militância sindical, de organizações não-governamentais e de instituições comprometidas com o Acre e o país. Quando se tem um patrimônio como esse na hora de escalar o time aparecem os problemas. O técnico tem uma série de estrelas, mas que tem que colocar em campo apenas onze. A FPA vai escalar um time que só cabe dois candidatos ao Senado, um candidato a governador e um a vice na chamada chapa majoritária e, é claro, para deputados caberão todos. Nós do PCdoB não somos daqueles que têm a pretensão de dizer queremos estar aqui ou ali, cada eleição exige uma escalação que seja específica para o desafio daquela batalha. Agora, existe muita pressa em alguns setores em pré-definir o que vai acontecer em 2010. Eu nem sou daqueles otimistas exagerados que acha que eleição já está resolvida e nem dos pessimistas que acha que vai ser um Deus nos acuda. Só acho que a gente não pode ser precipitado. A eleição vai ser definida, principalmente, naquela fase de dezembro até março. Até lá a conjuntura vai estar mais clara para que a gente possa ter um posicionamento. O que posso afirmar é que o PCdoB tem quadros e nomes que poderão estar à disposição desse conjunto de forças da FPA para o debate, seja para senador ou a vice. “Nós temos nomes credenciados e isso é que nos anima e nos dá uma grande vantagem”, concluiu.




Fonte: A Gazeta


sábado, 13 de junho de 2009

NÓS FOMOS A FEIJÓ

SEGUNDA-FEIRA, 8 DE JUNHO DE 2009

IMAGENS: Os Tarauacaenses estiveram na Conferencia Regional de Segurança em Feijó.

Moisés Diniz presenteia juízas com o livro "O SANTO DEUS"

Dra. Andréia (Juíza de Tarauacá), Moiséss Diniz e Dra. Shirley (Juíza de Feijó)

Pereirinha (Presidente do Ipepaconha) e Dra. Márcia Regina (Secretária Estadual de Segurança)

Prefeito Juarez Leitão de Feijó, Cel. Romário Célio, Pererinha e Dra Márcia

Repórter F. Salles

Sindicalista e Professor Eurico Paz

Dr. Baba encontra Vereador Manoel Monteiro

Salles, Dr. Baba e Nildo

Mara e Romerito

Abimael, F. Salles e Cantor Dym Gomes

DEPUTADO ESCRITOR


O SANTO DE DEUS
Escrito por Moisés Diniz
05-Jun-2009


Muito prestigiada pelo público a noite de autógrafo nesta quinta-feira do romance "O Santo de Deus", do escritor Moisés Diniz. Em 1998, a comunidade de Lavras, em Tarauacá, foi palco de trágica manifestação de fanatismo religioso. Liderados pelo pastor Francisco Bezerra de Morais, o Totó, pela mulher dele, Raimunda Bernardo Gomes, a Doca, agricultores mataram seis pessoas, incluindo crianças, e açoitaram outras 60.

Alegavam que havia chegado a hora do arrebatamento e que obedeciam a uma mensagem de Deus. "O Santo de Deus", da Edições Bagaço, tem 232 páginas. Como bem observa nas Gazetinhas o jornalista Sílvio Martinello, "Moisés só tem um defeito: é deputado."

A ESPERANÇA SEMPRE FOI VERMELHA

QUARTA-FEIRA, 3 DE JUNHO DE 2009

A esperança venceu!!


Este ano no dia 14 de maio, mais de 300 produtores rurais do projeto de assentamento " esperança" ( PA/ Tarauacá) receberam na sede do Sinteac o título definitivo de posse de seus lotes. A cerimônia de entrega aconteceu sob protesto de lideranças do sindicato dos trabalhadores e da federeção dos trabalhadores na agricultura, que quastionaram a esperteza do coodenador reginal do Incra e de ums politicos que tetaram colher as escondidas o que não plataram, excluindo aqueles derramaram suó e lagrimas para ver os frutos dessa luta.

A luta pela desapropriação do esperança tem uma história que precissa ser contada e recontada para não ser esquecida. As mais 300 familias que hoje habitam essa área com casas construidas com recursos do governo federal, ramal, energia e créditos de apoio não ganharam de graça, custou coragem , ameaças, prissões e muita violência praticada pelos inimigos da democracia e da justiça.

Tudo começou lá pelo inicio dos anos 90, quando Eu, Moisés, Sidenir e outros companheiros, caminhavamos em uma bicicleta ou a pé até o seringal Acaraú para realizar reuniões com os trabalhadores na casa do Tenor. No trajeto agente seguia por uma estrada fechada e desabitada. Só existia capim, capoeira e floresta. O que mais nos incomodava era não saber a quem pertencia uma terra tão boa para produzir. Depois de muitas idas e vindas fazendo reuniões e Pensando nos interesses sociais e coletivos, veio a idéia: vamos ocupar e resistir.

Fizemos uma pequena reunião e a ocupação começou. Icialmente, concentrtada apenas nas margens dos igarapés Extrema e Esperança. Os primeiro ocupantes eram Ozéas, delegado sindical, João Cobra, Zé pires, Raimundo das Chagas Sebastão Nascimento ( Casrto) e Zè Victor(ja falecido). Em poucos dias a área foi sendo ocupada em toda extenção da BR e na margem do Rio Tarauacá. Não demorou, apareceu as primeira intimações para reintegração de posse expedidas pelo Juiz Francico Djalma, requeridas pelo o Advogado Mardilson Vitorino, representando o Espóloio Valias Toledo. Um grupo de Lafinfundiários de Minas gerais. Ai começou uma grande Guerra.

O Advogado e o Juiz, em conluio com os proprietários, intenssificaram os processos de reintegração de posse e mobilizaram grande efetivo policial para dentro da área. No impasse, decidimos organizar um gupo de pessoas na cidade para obter imformaçãoes sobre hora do deslocamento dos policiais levar as intimações. O objetivo era imformar antecipamente os ocupantes para fugirem para floresta para não serem presos. O Adovogado Mardilson e o Juiz Djalma determinaram que o delegado de policia mandasse caçar os Traabalhadres como foragidos. o delegado intimou varios Trabalhadores.


Mais uma vez tivemos que reunir o pessoal as escondidas para traçar uma nova estratégia. Decidimos reunir todos e vir a cidade fazer um protesto contras as ameaças e reivindicar a desproprição da terra. Na delegacia de policia o clima esquentou quando o delegado, mandando pelo o advogado, não permitui minha entrada na delegacia junto com os Trabalhadores Argumentando que eu não era advogado. Os trabalhadores em resposta a dicisão do delegado , deciram também não entrar na delegacia. O delegado ameaçou prender todos por desacato. No momento de tensão o advogado perdeu a compostura e começou Chamar todos os trabalahadores de invasoes , barderneiros a vagabundos. O tempo esquentou mais quando um Trabalhador partiu para "aberturar" o advogado.


Dias depois veios novas intimações do Juiz Djalma. Na audiência o Juiz mandou prender Basto Inácio, Zaquinha e um outro Trabalhador conhecido por "Cabelo do Cão", que por ironia tinha nome de Mardilson. Em solidariedade foi feito uma virgilia na frente da delegacia até a lebertação dos presos. apartir de enão o movemento foi crescendo e ganhando mais força. O deputado Sergio Tadoada- PC do B, junto com outras parlamentares, Mobilizou a representação do Incra no Acre e em Brasilia e a esperança começoua vencer a truculência, mas a conquista ainda tinha muitos passos a seguir.


Num certo dia, sabendo que o Governador Romildo Magalhões vinha a Tarauacá pela BR, organizamos uma barricada no meio da estrada para conversar e pedir apoio para desapropriação da área. O prefeito Cleudon Rocha avisou o governador e ele pegou um avião em Feijó e passou por cima, dando um drible descocertante. Qundo sobemos, viemos para a cidade e fizemos um corredor de 100 homens na frente da prefeitura para aguardar a entrada do prefeito e do governador para tentar conversar. Uma hora depois apareceu Romildo , Cleudon Rocha e um aparato policial que era "surperior" a numero de tarabalhadores. ainda tentamos nos aproximar para pedir uma audiência , mas fomos impedido pelo cordão policial que o cercava.


Dando sequência o joranda de luta pela despropriação do esperança, aproveitando o dia do "Grito da terra Brasil" , organizamos uma grande mobilização em frente a prefeitura para protestar contra o abandono dos trabalhadores rurais , reivindicar a desapropriação do esperança e melhorias para os produtores. Essa data ficou registrada com o dia de maior violencia politica acorrida em Tarauacá. O comandante da policia me agrediou e levou um soco no rosto de um Trabalhador rural. A frente da prefeitura virou uma praça de guerra, a cidade foi sitiada, eu e mais 6 Trabalhadores fomos presos, sendo que um foi barbaramente torturado.


O movimento ganhou mais força e solidariedade. Moisés que estava doente no dia, teve que sair a rua para aconpanhar o movimento e fazer contados com Rio Branco em busaca de apoio. Edvaldo Magalhães, presidente Estadual do Sinteac, veio ao municipio prestar apoio e solidariedade. Dias depois uma comisão de parlamentares veio ao municipio junto com uma equipe do Incra e assumiram o com promisso com a desapropriação do esperança. Foi assim que que a esperança venceu. Em 1994 o Seringal Esperaça foi desapropriado.

veja recotes de Jornais sobre o assunto, alguns pessonagens dessa história e depoimentos dos Trabalhadores.
Ministério da justiça Interviu contra a violência em Tarauacá
Diretor de policia do governador Romildo determinou que o delegado de Tarauacá efetuasse minha prissão e do Vereador Moisés por desobediência a "justiça"

Moisés Diniz. Amigo da esperança

Edvaldo Magalhães. Do lado da espreança
Djalma. Juiz grileiro e sem alma

Mardilson Carrasco
Paixão e sua esposa apresentam o título definitivo do seu lote
Doda e sua esposa dona nilda." Agora a terra é nossa, posso trabalhar, fazer financiamentos , açudes, nós não esquecemos como foi que nós conquistamos esse direito, mas muitos ja esqueceram"
Raimundo Roque e sua esposa. "Hoje estamos satisfeitos, temos nosa terra estrada energia que foi fruto de muita luta
Basto Foi preso." Sofremos mais a terra hoje é nossa"

João Cobra. Planta e colhe o maior Abacaxi do mundo.

"Aquele período foi de muita turbulência, a gente era constantemente abordados pela polícia e também pelos fazendeiros que procuravam nos intimidar para expulsar da terra. A terra era improdutivas e a gente não tinha um pedaço de chão para plantar legumes e sustentar nossas famílias. Existia um juiz de nome Djalma e um advogado dos fazendeiros chamado Mardilson Vitorino que procuravam que fizeram de tudo para nos oprimir, mas eles com ajuda do Sindicato Rural representado por Sidenir e também com a força de Chagas Batista representando o conselho do seringueiro e o atual deputado estadual Moisés Diniz, conseguiram resistir a prisões e opressões.Hoje estamos satisfeitos e orgulhosos vendo o título, documento este que é fruto de muita luta e resistência"

João Cobra

BATISTA VISITA SEM TERRAS DO ACRE

300 familias de sem terra estão acampadas a margem da BR 317, próximo ao município de Senador Guiomar. Eu fui lá!

Visão parcial do acampamento
Bandeira exige: Reforma Agrária já!
Acampado anima o pessoal para luta

Trabalhador levanta seu acampamento


Criança sentada nos pés da mãe, fica atenta aos encaminhamentos dos trabalhos

Jairo-tesoureiro do sindicato dos Trabalhadores Rurais de Senador Guiomar, Eu, o Deputado Moisés, juntos com Roberto Rodrigues e Gracilda Silva, Líderes do movimento.


A multidão houve com atenção as palavras do Deputado

Jairo fala a proposta do sindicato

Jairo e Manoel Cumarú fazem os encaminhamentos.

Esses que puxam conversa sobre se chove ou não chove - não poderão ir para o Céu! Lá faz sempre bom tempo. (Mario Quintana)

Hoje (quinta feira) junto com Depudado Moisés Diniz , o tesoureiro da Fetacre Manoel Cumarú, visitei um acampamento de 300 familias sem terra, Próximo aomunicipio de senador Guiomar. Apesar do sofrimento de homens mulheres e crianças, que presenciei, me senti em casa e fiquei cheio de esperança e entusiasmo com que vi.

Vi um povo sofrido, enfrentando sérias dificuldades de Alimentação, agasalho, saúde , estrutura de Higiene,em baixo de barracas de lona, mas com forte espírito de de união, cheios de alegria e esperança. E bom que fique claro que a terra ocupada, já foi desapropriadapelo governo federal há mais de Três anos. Todas asfamílias acampadas estão cadastradas no CIPRA-Cadastro individual de reforma agrária, instrumento de avaliação do perfil das pessoas que podem serem beneficiadas pelo programa nacional de reforma agrária.

Os acampados reclamam da morosidade do Incra no processo de assentamento das famílias cadastradas. Odeputado Moisés Diniz Além de se comprometerpoliticamente com a causa das famílias, ainda colaborou na aquisição de alimentos.

No Brasil a concentração da posse da terra é alarmante e incompatível com o momento de desenvolvimentoeconômico, social e cultural em que vivemos. É possível reverter essa situação? A história brasileira de exclusão social das classes pobres, aliada a outros fatores, permite considerar que, a curto e médio prazos, é ilusório esperar a reversão completa das situações existentes. Mas é possível minorar o impacto negativo de alguns graves problemas, recompor socialmente situações críticas de exclusão e reverter fraudes, sustargrilagens, fazer retornar ao património públicos enormes extensões de terra, ordenar minimamente a caótica ocupação dos espaços, diminuir o ritmo da devastação e evitar novos focos de tensão.

Instrumentos legais e técnicos existem e estão disponíveis.Na atualidade, a composição e a evolução da estrutura fundiária brasileira está condicionada por um lado, por tipos específicos de uso, ou em determinados casos, estas estruturas permanecemociosas por especulação dos proprietários. De acordo com o INCRA -Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, 82,6% dos estabelecimentos com menos de 50 atingem apenas 13,5% da área total, ou seja, um grande número de propriedades com espaço extremamente reduzido, sendo que destes 53,7% possuem menos de 10 hectares, em sua maioria, caracterizando-se como minifúndios. As propriedades com área entre 50 e 1.000 hectares perfazem um total de 16,6% dos estabelecimentos e ocupam área de 43% do total. Nas áreas acima de 1.000 o número de estabelecimentos é menor do que 1,0%, (2.174 estabelecimentos), entretanto, a área atinge 43,5% do total, demonstrando uma acentuada concentração fundiária.

Na região Norte o grau de ociosidade chega a 65,8% do total, sendo que nestas, quase sua totalidade a incidência de latifúndios (88,4%). Na região Nordeste 54,4% das terras estão ociosas sendo que nelas 85,9% são latifúndios. Na região Centro-Oeste a ociosidade das terras é de 42,6% e, destes 95,5% são latifúndios. Este índice é o mais expressivo de todo o Brasil. As regiões Sudeste e Sul apresentam, respectivamente índices menores de ociosidade da terra. (21,1% e 15,2%). Quanto à presença de latifúndios nestas áreas chega a 84,0% no Sudeste e 74,1% na região Sul, dando um padrão da estrutura fundiária diferente das demais regiões.

Há um grande debate sobre a relação entre a população rural e urbana. Se por um lado, as estatísticas mostram uma população urbana bem superior à rural – números estes que servem de argumento aos conservadores no que diz respeito à falta de importância da reforma agrária – por outro lado, a expulsão dos excluídos para os centros urbanos mostra que o campo “mandou seus problemas para as cidades”. Assim, a reforma agrária e a agricultura familiar são apontadas como alternativas para a diminuição da miséria. Com os minifundistas, em torno de 2,5 milhões de famílias e os eventuais beneficiários de uma redistribuição da terra, cerca de 2,4 milhões, seria possível retirar milhões de pessoas do estado de miséria e fome.

O Presidente Luís Inácio Lula da Silva numa referência recente aos conflitos no campo, afirmou: "Para um país do tamanho do Brasil, com a quantidade de terra agricultável que tem, não existe nenhuma explicação para que tenha qualquer ato de violência no campo de quem quer que seja”. Lula disse que a reforma fundiária não é uma vontade nem do latifúndio nem dos sem-terra. "É uma necessidade social que todos os países do mundo fizeram e, portanto, o Brasil precisa fazer também. Está passando da hora.

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