Moisés diz que governo do Acre é exemplar
Candidato ao terceiro mandato de deputado estadual, o líder do Governo Binho Marques (PT), Moisés Diniz (PCdoB), foi buscar nas conversas com gente simples de Tarauacá e Jordão, o slogan para esta campanha: “Nossa defesa do nosso governo”.
Ele lembra que essa gente simples no primeiro governo da Frente Popular, se referia ao “governo de Jorge Viana”, no segundo mandato já dizia o “governo do Jorge” e com Binho Marques passou a verbalizar o “nosso governo”. Foi uma evolução para a intimidade e a cumplicidade naquilo que deu certo. Elas começaram a perceber que esse grupo político que governa o Acre há quase 12 anos age de um jeito que inclui as pessoas, que leva as pessoas a se sentirem governo também.
Eu passei quase três anos na tribuna, publicamente, nos meios de comunicação, nas ruas, escrevendo artigos, defendendo o governo Binho Marques com honradez, com ética e com franqueza, respeitei a oposição nos seus pontos de vista e nas suas críticas, mas quando preciso, enfrentei, quando necessário, fui duro na defesa do governo.
A conclusão a que cheguei foi a de que seria uma contradição eu não continuar agindo dessa forma na campanha eleitoral, porque passada a eleição eu volto para a tribuna para fazer isso de novo até 31 de dezembro.
Eu não fui um líder apenas das coisas boas, fui um líder nos momentos difíceis. É natural que a oposição destaque os problemas, as dificuldades do governo e nós vamos destacar as coisas boas como os investimentos altíssimos em saúde, educação, infraestrutura, segurança, inclusão social, ou seja, a “nossa defesa do nosso governo” representa isso. Eu defendi com lealdade o governo, de peito aberto, respeitando o papel da oposição, sendo claro e incisivo quando preciso.
Exemplos de coisas boas
Nós vamos reconhecer nossos problemas e dizer para o povo abertamente que vamos nos esforçar para corrigi-los no quarto mandato da Frente Popular. Nós vamos dizer com honestidade e com dados. Não é à toa que aonde se chega, se perguntar quem foi o melhor governador, se Jorge Viana ou Binho Marques, é natural que a resposta seja Jorge Viana. Isso ocorre porque ele pegou o estado quebrado, falido e o consertou, o colocando na legalidade, iniciando um rigoroso processo de reestruturação de sua infraestrutura e elevação da autoestima do povo.
Eu sou professor e no mês que Jorge assumiu eu estava com novembro, dezembro e o 13° atrasados. Portanto, professor não podia dar aula desse jeito, ter autoestima, produzir nada com três salários atrasados. Ele corrigiu esses monstrengos das administrações anteriores, saneou e pôs o estado com respeitabilidade lá fora, iniciou um processo de reestruturação da máquina pública, iniciou um rigoroso processo de estruturação da infraestrutura, da malha viária, do asfaltamento, dos grandes hospitais, dos portos e aeroportos, das escolas.
O Binho Marques já está fazendo muito mais pontes que o Jorge Viana, está fazendo tanto asfalto quanto o Jorge fez, mas é porque o Binho Marques pegou uma situação favorável, um estado saneado, organizado, por isso, no futuro as pessoas olharão e poderão dizer que o Binho fez mais que o Jorge e com certeza o Tião Viana fará mais que os dois, porque o governo que ele vai pegar estará muito mais organizado.
O povo está vendo que quando tem continuidade política, quando tem um grupo que consegue administrar sem briga, dando sequência ao que o outro fez, não desmanchando por causa de disputas políticas, quem ganha é a população.
Bons salários e investimentos
Dois exemplos básicos vêm da Saúde e da Segurança, nossos dois principais problemas. São as áreas onde nesses quase 12 anos nossos governos mais investiram. A Emenda Constitucional 29 determina que nenhum estado ou município deva gastar menos de 12% na Saúde. Aqui nós gastamos 14%. Somos um dos poucos estados do Brasil que gastam mais em Saúde do que determina a lei. Mesmo assim problemas crônicos persistem.
Os médicos aqui no Acre estão entre os dez melhores salários do Brasil. Binho Marques criou os conselhos gestores na Saúde, descentralizou a gestão das unidades e deu poder gerencial e político a essas pessoas. Em 2009, nosso governo transferiu R$ 45 milhões para as unidades de saúde. Este ano nós devemos fechar próximo dos R$ 55 milhões.
Outro investimento grande dos nossos governos foram os grandes hospitais como do Idoso, da Criança, do Câncer. Vamos encerrar este governo com um dos maiores hospitais da Amazônia que é o Hospital das Clínicas, o nosso Pronto-Socorro terá cinco andares, o Hospital de Tarauacá está quase pronto e atenderá ainda Feijó e Jordão. O Hospital do Juruá tocado por uma organização religiosa é um modelo de unidade regional.
Olhar para todos sem discriminação
Um grande marco é o Pró-Acre. O Estado tem garantido, do Banco Interamericano de Desenvolvimento, dinheiro para os próximos seis anos, para que cada prefeito tenha duas ou três equipes de saúde para atendimento permanente na zona rural. Exemplo é o prefeito Dindim, de Feijó, da oposição. Ele tem duas equipes para atender o rio Envira e seus afluentes. O governo de Binho Marques faz isso com todos os prefeitos, independente se é do PT, do PMDB ou do PSDB. Essa é a grande conquista do nosso governo: olhar para todos sem discriminação.
Temos de ouvir o povo
Com todos esses investimentos ainda se ouve muita reclamação. A primeira medida do próximo governo tem que ser envolver a sociedade, porque é esta quem está reclamando. Quando a sociedade reclama, ela encontra a saída. Temos de ouvir o povo, fortalecer a participação popular para não ficarmos apenas com bons salários para os médicos, hospitais bonitos, mas as pessoas ainda insatisfeitas com o serviço oferecido. Esse tem que ser o debate: como melhorar o atendimento na saúde. Temos que investir nas pessoas, na alma das pessoas.
Eu vou puxar o debate sobre essa confusão na saúde. É sindicado demais na categoria, e com sindicato demais só quem ganha é o patrão. Que tenham as associações por setores, mas um sindicato único dos trabalhadores em Saúde, porque ganha força e unifica bandeiras e objetivos. Hoje a situação é muito ruim com essa divisão.
Bandeira dos municípios isolados
Eu considero uma injustiça um professor de Santa Rosa, por exemplo, ganhar o mesmo salário de um professor de Rio Branco. Um policial de Jordão ganhar o mesmo salário de um policial de Rio Branco. Como a lei proíbe salários diferentes para a mesma função, temos que pensar na criação de alternativa, de uma bolsa, por exemplo, mas temos de incentivar os profissionais do serviço público que atuam nos municípios isolados. Já estamos fazendo isso com os médicos do Pró-Saúde.
Enquanto um professor que mora na capital paga R$ 2,90 por um litro de gasolina, em Jordão o professor, com o mesmo salário, paga R$ 5,00.
Bandeiras unificadas com a FPA
Bandeiras como essas, seriam inviáveis para nós lutarmos por elas se eu estivesse, por exemplo, na oposição. Isso faz parte de um projeto, de um grupo que há 20 anos se constituiu no Acre. É um grupo que está quase virando um partido. Se a lei permitisse, eu ia defender que a Frente Popular virasse um grande partido, com todo respeito ao PT, ao meu PCdoB, ao PSB, ao PV e demais partidos dessa força. Que não tivesse mais o deputado do PT, do PCdoB, mas da Frente Popular. A FP é um partido de fato, não é de direito, só é de direito nos três meses de campanha eleitoral.
Nesse projeto chamado FPA que deu certo politicamente e está dando certo administrativamente, é possível garantir a execução dessas bandeiras. E meus aliados especiais para que nós consigamos implementar essas bandeiras a partir de 2011 são três pessoas: o governador Tião Viana e os senadores Jorge Viana e Edvaldo Magalhães e mais os nossos deputados federais e nossa bancada na Assembleia Legislativa, onde tive bons companheiros e boas companheiras, fiéis ao governo, que não deram trabalho ao papel de líder do governo, que foram solidários, esses companheiros eu acredito que voltarão ao parlamento para fazer o belo trabalho nesse mandato que está para se encerrar.
Os avanços na Segurança
A Segurança começou a viver seus melhores dias quando o então governador Jorge Viana desbaratou um grupo criminoso que vivia dentro da Polícia Militar, onde patente não tinha mais valor nenhum. Era tudo na base da indicação política. O deputado escolhia quem ia ser tenente, quem ia ser major e assim por diante. E ainda tinha o crime organizado lá dentro, a politicagem e o abandono. E os policiais ganhando salário miserável e sem estrutura.
O governador Jorge Viana reorganizou a casa, desbaratou o crime organizado, criou novas delegacias e reestruturou as mais antigas, entregando ao governador Binho Marques que descentralizou o setor, criou autonomia na Polícia Civil. O doutor Emilson Farias, por exemplo, é secretário de Estado. Antes um delegado ia fazer diligência e tinha que pedir marmitex ao comerciante que foi roubado.
Agora existe autonomia administrativa e financeira, tem orçamento. Fizemos concursos em todas as áreas. O Binho Marques contratou mais delegados do que todos os últimos governadores do Acre, ou seja, ele dobrou a capacidade gerencial das delegacias, além da compra de viaturas, armamentos, munições, coletes e uma estrutura nova de comunicação dentro das delegacias. Assim também na PM com novos concursos e a maior onda de promoções na história do Acre.
Guardas municipais
É preciso buscar saídas para a área de Segurança. Eu não entendo porque os prefeitos das médias cidades ainda não criaram as guardas municipais. Um guarda municipal custa pelo menos três vezes menos que um PM. A gente poderia ter esses guardas municipais nas escolas, nos postos de saúde, nas praças, nos hospitais, frente aos bancos, gerando centenas de empregos e ajudando a PM a chegar antes de acontecer os grandes crimes.
Num crime mais complexo, mais pesado, eles acionariam imediatamente grupos móveis da PM que estariam na região. Hoje nós temos policiais cuidando de prédios públicos. E eu estou tratando desse assunto com os chefes da Segurança Pública, do Ministério Público e do Poder Judiciário, para que a gente ponha nesses prédios guardas privados, terceirizados, liberando nossos PMs para o policiamento ostensivo nas ruas.
Inclusão social
O governo Binho Marques será lembrado também pela inclusão social. Levar o ensino médio às aldeias indígenas e às cabeceiras dos rios, isso é inclusão social. Quando o governador repassa milhões de reais para os prefeitos promoverem a saúde permanente nos grandes rios, na zona rural, isso é inclusão social. Quando leva luz a praticamente toda zona rural, quando constrói milhares de casas, quando estabelece parcerias financeiras na cultura, na proteção ambiental, quando constrói parques no padrão do Parque da Maternidade em cinco regiões pobres da capital isso tudo é inclusão social.
Mas tem algo muito especial que foi a coragem do governador apostar no povo organizado. Binho Marques assinou dezenas e mais dezenas de convênios com associações comunitárias das cidades e do campo. Esses convênios passam a valer no próximo governo. Essa é a beleza do ato do governador: ele apostando num governo onde não estará mais, mas o povo continuará sendo beneficiado pela semente que ele deixou.
Gratidão a Laura Okamura
Mas para tudo isso, essa beleza da inclusão social ser fortalecida e dar certo, ele encontrou uma pessoa que para mim, foi como encontrar uma luva. Foi a doutora Laura Okamura, muito criticada, vilipendiada, criaram adjetivos pejorativos para ela na Assembleia Legislativa, de forma desrespeitosa, mas ela, de forma silenciosa criou a maior infraestrutura de política social que existe no Brasil.
Estados como Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo têm mandado seus assessores ao Acre para colher informações de como se monta um plano de ação de inclusão social verdadeira, permanente e sem politicagem. O trabalho que a doutora Laura Okamura montou no nosso governo é gradual, lento, mas organizado, e que começará a dar grandes frutos no próximo governo.
Valorização das profissões
O Acre está entrando numa fase da especialização, a fase de termos pessoas altamente qualificadas em todas as áreas. Nós temos que nos preparar para quando começarem a surgir os resultados, que serão imediatos, com a instalação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) que trará dezenas e dezenas de empresas para o Acre.
E para que essa ZPE dê certo nós vamos precisar também de economistas, administradores, jornalistas, bacharéis em contabilidade e bacharéis em turismo. Nós precisamos fazer para esses profissionais, o que fizemos para os engenheiros. A Lei Cartaxo olhou para o Acre da infraestrutura e das grandes obras, precisava valorizar aqueles que cuidavam disso, que eram os engenheiros.
O Acre que surge a partir de 2011 é o Acre do comércio internacional, da indústria, do turismo, da comunicação que gera riqueza e da integração, por isso temos que valorizar as pessoas que trabalham nessas áreas. Eu estou assumindo uma bandeira que é a defesa dos economistas, administradores, jornalistas, bacharéis em contabilidade e bacharéis em turismo para que a gente prepare a força acreana nessa área para o novo Acre, o Acre que está instalando uma ZPE e concluindo uma estrada que vai se integrar culturalmente, economicamente e comercialmente com cerca de 30 milhões de pessoas aqui na fronteira e, atravessando o Pacífico, vai encontrar quase um terço da humanidade.
Ele lembra que essa gente simples no primeiro governo da Frente Popular, se referia ao “governo de Jorge Viana”, no segundo mandato já dizia o “governo do Jorge” e com Binho Marques passou a verbalizar o “nosso governo”. Foi uma evolução para a intimidade e a cumplicidade naquilo que deu certo. Elas começaram a perceber que esse grupo político que governa o Acre há quase 12 anos age de um jeito que inclui as pessoas, que leva as pessoas a se sentirem governo também.
Eu passei quase três anos na tribuna, publicamente, nos meios de comunicação, nas ruas, escrevendo artigos, defendendo o governo Binho Marques com honradez, com ética e com franqueza, respeitei a oposição nos seus pontos de vista e nas suas críticas, mas quando preciso, enfrentei, quando necessário, fui duro na defesa do governo.
A conclusão a que cheguei foi a de que seria uma contradição eu não continuar agindo dessa forma na campanha eleitoral, porque passada a eleição eu volto para a tribuna para fazer isso de novo até 31 de dezembro.
Eu não fui um líder apenas das coisas boas, fui um líder nos momentos difíceis. É natural que a oposição destaque os problemas, as dificuldades do governo e nós vamos destacar as coisas boas como os investimentos altíssimos em saúde, educação, infraestrutura, segurança, inclusão social, ou seja, a “nossa defesa do nosso governo” representa isso. Eu defendi com lealdade o governo, de peito aberto, respeitando o papel da oposição, sendo claro e incisivo quando preciso.
Exemplos de coisas boas
Nós vamos reconhecer nossos problemas e dizer para o povo abertamente que vamos nos esforçar para corrigi-los no quarto mandato da Frente Popular. Nós vamos dizer com honestidade e com dados. Não é à toa que aonde se chega, se perguntar quem foi o melhor governador, se Jorge Viana ou Binho Marques, é natural que a resposta seja Jorge Viana. Isso ocorre porque ele pegou o estado quebrado, falido e o consertou, o colocando na legalidade, iniciando um rigoroso processo de reestruturação de sua infraestrutura e elevação da autoestima do povo.
Eu sou professor e no mês que Jorge assumiu eu estava com novembro, dezembro e o 13° atrasados. Portanto, professor não podia dar aula desse jeito, ter autoestima, produzir nada com três salários atrasados. Ele corrigiu esses monstrengos das administrações anteriores, saneou e pôs o estado com respeitabilidade lá fora, iniciou um processo de reestruturação da máquina pública, iniciou um rigoroso processo de estruturação da infraestrutura, da malha viária, do asfaltamento, dos grandes hospitais, dos portos e aeroportos, das escolas.
O Binho Marques já está fazendo muito mais pontes que o Jorge Viana, está fazendo tanto asfalto quanto o Jorge fez, mas é porque o Binho Marques pegou uma situação favorável, um estado saneado, organizado, por isso, no futuro as pessoas olharão e poderão dizer que o Binho fez mais que o Jorge e com certeza o Tião Viana fará mais que os dois, porque o governo que ele vai pegar estará muito mais organizado.
O povo está vendo que quando tem continuidade política, quando tem um grupo que consegue administrar sem briga, dando sequência ao que o outro fez, não desmanchando por causa de disputas políticas, quem ganha é a população.
Bons salários e investimentos
Dois exemplos básicos vêm da Saúde e da Segurança, nossos dois principais problemas. São as áreas onde nesses quase 12 anos nossos governos mais investiram. A Emenda Constitucional 29 determina que nenhum estado ou município deva gastar menos de 12% na Saúde. Aqui nós gastamos 14%. Somos um dos poucos estados do Brasil que gastam mais em Saúde do que determina a lei. Mesmo assim problemas crônicos persistem.
Os médicos aqui no Acre estão entre os dez melhores salários do Brasil. Binho Marques criou os conselhos gestores na Saúde, descentralizou a gestão das unidades e deu poder gerencial e político a essas pessoas. Em 2009, nosso governo transferiu R$ 45 milhões para as unidades de saúde. Este ano nós devemos fechar próximo dos R$ 55 milhões.
Outro investimento grande dos nossos governos foram os grandes hospitais como do Idoso, da Criança, do Câncer. Vamos encerrar este governo com um dos maiores hospitais da Amazônia que é o Hospital das Clínicas, o nosso Pronto-Socorro terá cinco andares, o Hospital de Tarauacá está quase pronto e atenderá ainda Feijó e Jordão. O Hospital do Juruá tocado por uma organização religiosa é um modelo de unidade regional.
Olhar para todos sem discriminação
Um grande marco é o Pró-Acre. O Estado tem garantido, do Banco Interamericano de Desenvolvimento, dinheiro para os próximos seis anos, para que cada prefeito tenha duas ou três equipes de saúde para atendimento permanente na zona rural. Exemplo é o prefeito Dindim, de Feijó, da oposição. Ele tem duas equipes para atender o rio Envira e seus afluentes. O governo de Binho Marques faz isso com todos os prefeitos, independente se é do PT, do PMDB ou do PSDB. Essa é a grande conquista do nosso governo: olhar para todos sem discriminação.
Temos de ouvir o povo
Com todos esses investimentos ainda se ouve muita reclamação. A primeira medida do próximo governo tem que ser envolver a sociedade, porque é esta quem está reclamando. Quando a sociedade reclama, ela encontra a saída. Temos de ouvir o povo, fortalecer a participação popular para não ficarmos apenas com bons salários para os médicos, hospitais bonitos, mas as pessoas ainda insatisfeitas com o serviço oferecido. Esse tem que ser o debate: como melhorar o atendimento na saúde. Temos que investir nas pessoas, na alma das pessoas.
Eu vou puxar o debate sobre essa confusão na saúde. É sindicado demais na categoria, e com sindicato demais só quem ganha é o patrão. Que tenham as associações por setores, mas um sindicato único dos trabalhadores em Saúde, porque ganha força e unifica bandeiras e objetivos. Hoje a situação é muito ruim com essa divisão.
Bandeira dos municípios isolados
Eu considero uma injustiça um professor de Santa Rosa, por exemplo, ganhar o mesmo salário de um professor de Rio Branco. Um policial de Jordão ganhar o mesmo salário de um policial de Rio Branco. Como a lei proíbe salários diferentes para a mesma função, temos que pensar na criação de alternativa, de uma bolsa, por exemplo, mas temos de incentivar os profissionais do serviço público que atuam nos municípios isolados. Já estamos fazendo isso com os médicos do Pró-Saúde.
Enquanto um professor que mora na capital paga R$ 2,90 por um litro de gasolina, em Jordão o professor, com o mesmo salário, paga R$ 5,00.
Bandeiras unificadas com a FPA
Bandeiras como essas, seriam inviáveis para nós lutarmos por elas se eu estivesse, por exemplo, na oposição. Isso faz parte de um projeto, de um grupo que há 20 anos se constituiu no Acre. É um grupo que está quase virando um partido. Se a lei permitisse, eu ia defender que a Frente Popular virasse um grande partido, com todo respeito ao PT, ao meu PCdoB, ao PSB, ao PV e demais partidos dessa força. Que não tivesse mais o deputado do PT, do PCdoB, mas da Frente Popular. A FP é um partido de fato, não é de direito, só é de direito nos três meses de campanha eleitoral.
Nesse projeto chamado FPA que deu certo politicamente e está dando certo administrativamente, é possível garantir a execução dessas bandeiras. E meus aliados especiais para que nós consigamos implementar essas bandeiras a partir de 2011 são três pessoas: o governador Tião Viana e os senadores Jorge Viana e Edvaldo Magalhães e mais os nossos deputados federais e nossa bancada na Assembleia Legislativa, onde tive bons companheiros e boas companheiras, fiéis ao governo, que não deram trabalho ao papel de líder do governo, que foram solidários, esses companheiros eu acredito que voltarão ao parlamento para fazer o belo trabalho nesse mandato que está para se encerrar.
Os avanços na Segurança
A Segurança começou a viver seus melhores dias quando o então governador Jorge Viana desbaratou um grupo criminoso que vivia dentro da Polícia Militar, onde patente não tinha mais valor nenhum. Era tudo na base da indicação política. O deputado escolhia quem ia ser tenente, quem ia ser major e assim por diante. E ainda tinha o crime organizado lá dentro, a politicagem e o abandono. E os policiais ganhando salário miserável e sem estrutura.
O governador Jorge Viana reorganizou a casa, desbaratou o crime organizado, criou novas delegacias e reestruturou as mais antigas, entregando ao governador Binho Marques que descentralizou o setor, criou autonomia na Polícia Civil. O doutor Emilson Farias, por exemplo, é secretário de Estado. Antes um delegado ia fazer diligência e tinha que pedir marmitex ao comerciante que foi roubado.
Agora existe autonomia administrativa e financeira, tem orçamento. Fizemos concursos em todas as áreas. O Binho Marques contratou mais delegados do que todos os últimos governadores do Acre, ou seja, ele dobrou a capacidade gerencial das delegacias, além da compra de viaturas, armamentos, munições, coletes e uma estrutura nova de comunicação dentro das delegacias. Assim também na PM com novos concursos e a maior onda de promoções na história do Acre.
Guardas municipais
É preciso buscar saídas para a área de Segurança. Eu não entendo porque os prefeitos das médias cidades ainda não criaram as guardas municipais. Um guarda municipal custa pelo menos três vezes menos que um PM. A gente poderia ter esses guardas municipais nas escolas, nos postos de saúde, nas praças, nos hospitais, frente aos bancos, gerando centenas de empregos e ajudando a PM a chegar antes de acontecer os grandes crimes.
Num crime mais complexo, mais pesado, eles acionariam imediatamente grupos móveis da PM que estariam na região. Hoje nós temos policiais cuidando de prédios públicos. E eu estou tratando desse assunto com os chefes da Segurança Pública, do Ministério Público e do Poder Judiciário, para que a gente ponha nesses prédios guardas privados, terceirizados, liberando nossos PMs para o policiamento ostensivo nas ruas.
Inclusão social
O governo Binho Marques será lembrado também pela inclusão social. Levar o ensino médio às aldeias indígenas e às cabeceiras dos rios, isso é inclusão social. Quando o governador repassa milhões de reais para os prefeitos promoverem a saúde permanente nos grandes rios, na zona rural, isso é inclusão social. Quando leva luz a praticamente toda zona rural, quando constrói milhares de casas, quando estabelece parcerias financeiras na cultura, na proteção ambiental, quando constrói parques no padrão do Parque da Maternidade em cinco regiões pobres da capital isso tudo é inclusão social.
Mas tem algo muito especial que foi a coragem do governador apostar no povo organizado. Binho Marques assinou dezenas e mais dezenas de convênios com associações comunitárias das cidades e do campo. Esses convênios passam a valer no próximo governo. Essa é a beleza do ato do governador: ele apostando num governo onde não estará mais, mas o povo continuará sendo beneficiado pela semente que ele deixou.
Gratidão a Laura Okamura
Mas para tudo isso, essa beleza da inclusão social ser fortalecida e dar certo, ele encontrou uma pessoa que para mim, foi como encontrar uma luva. Foi a doutora Laura Okamura, muito criticada, vilipendiada, criaram adjetivos pejorativos para ela na Assembleia Legislativa, de forma desrespeitosa, mas ela, de forma silenciosa criou a maior infraestrutura de política social que existe no Brasil.
Estados como Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo têm mandado seus assessores ao Acre para colher informações de como se monta um plano de ação de inclusão social verdadeira, permanente e sem politicagem. O trabalho que a doutora Laura Okamura montou no nosso governo é gradual, lento, mas organizado, e que começará a dar grandes frutos no próximo governo.
Valorização das profissões
O Acre está entrando numa fase da especialização, a fase de termos pessoas altamente qualificadas em todas as áreas. Nós temos que nos preparar para quando começarem a surgir os resultados, que serão imediatos, com a instalação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) que trará dezenas e dezenas de empresas para o Acre.
E para que essa ZPE dê certo nós vamos precisar também de economistas, administradores, jornalistas, bacharéis em contabilidade e bacharéis em turismo. Nós precisamos fazer para esses profissionais, o que fizemos para os engenheiros. A Lei Cartaxo olhou para o Acre da infraestrutura e das grandes obras, precisava valorizar aqueles que cuidavam disso, que eram os engenheiros.
O Acre que surge a partir de 2011 é o Acre do comércio internacional, da indústria, do turismo, da comunicação que gera riqueza e da integração, por isso temos que valorizar as pessoas que trabalham nessas áreas. Eu estou assumindo uma bandeira que é a defesa dos economistas, administradores, jornalistas, bacharéis em contabilidade e bacharéis em turismo para que a gente prepare a força acreana nessa área para o novo Acre, o Acre que está instalando uma ZPE e concluindo uma estrada que vai se integrar culturalmente, economicamente e comercialmente com cerca de 30 milhões de pessoas aqui na fronteira e, atravessando o Pacífico, vai encontrar quase um terço da humanidade.
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