segunda-feira, 20 de junho de 2011

NÃO FAÇAM NADA POR MIM, FAÇAM JUSTIÇA


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Ultimamente, tenho percebido a formação de uma onda de reclamações, capitulações, desesperança e falta de perspectivas de uma parcela significativa de militantes da FPA. São reclamações das mais diversas, especialmente dos ativistas mais antigos. São velhos soldados cansados de guerra.

Uma frase sempre recorrente: Durante anos carreguei as bandeiras, fui para as ruas e agora, os inimigos do passado é que estão sendo valorizado. Aqui emTarauacá reclamações são dirigidas tanto para governo da frente popular como para a prefeita. Os aliados do ex-prefeito Vando Torquato acusam de está pagando com traição aos que lutaram em sua campanha. 

Minha preocupação é quando ouço que, não adianta ser honesto leal à causa e ao partido. Quem é do contra e desonesto é que se dar bem. Essa situação me deixa muito aflito, é uma equação complexa, mas que precisa de uma atenção especial. Eu que conheço um pouco dessa cartilha, tenho uma opinião e não posso deixar de expressar. 

Na democracia, um governo eleito por uma maioria tem que governar para todos. Para isso é preciso, fazer alianças, formar equipe qualificada e comprometida, às vezes é necessário buscar apoio até de pessoas que não participaram do projetoinicial, todavia, não se podem esquecer pessoas honestas e leais que sonharam e lutaram nos momentos de dificuldades contra inimigos vorazes. Um dos piores sentimentos humano é o da traição e ingratidão. Compartilhar sonhos e causas é um valor de intimidade. 

No acre, já chegamos duas décadas de um projetopolítico-e quase uma e meia de governo. Não podemos esconder que nosso projeto começa dá sinais de fragilidade. A ultima eleição expôs as “goteiras no casco”. Onde erramos e o que podemos fazer para concertar os defeitos?

Primeiro, acho a FRENTE POPULAR precisa serrepactuada e mais, precisa redefinir sua concepção ideológica. Enganam-se aqueles que acreditam que num país como Brasil, algum projeto político vai navegar em águas mansas. Luta de interessesantagônicos na sociedade será sempre uma questão crucial e permanente. Parece-me que num determinado momento a frente popular esqueceu isso. Achava podia governar sem fazer enfretamento. Um ou dois deputados destrambelhados acusando na tribuna estavam falando ao vento.

Atualmente enfrentamos problemas que surgiu dentro do nosso barco. Pessoas oportunistas entraram, viajaram até onde foi conveniente, depois pularam fora e passaram a disparar suas armas em nossa direção. A ilusão de uma amplitude falsa, uma aliança gelatinosa, com forças que não se sustentam em bases programáticas. Escoram-se em interesses fisiológicos. Essa situação contribuiu para afastar grupos mais a esquerdas e agora chega um momento decisivo de reorientação.

Penso que é necessário desde já, mobilizar a militância, receber com humildade as criticas, demarcar o espaço e apontar o rumo. Peço em nome daqueles que honestamente nos ajudaram a empunhar a bandeira vitoriosa da frente popular e que ainda não se perderam, uma atenção especial, não façam nada por mim, façam justiça.

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