A decisão do Conselho Universitário da Ufac de utilizar o Enem como critério de seleção para o ingresso dos estudantes na universidade ainda vai gerar muita polêmica. Ontem, o líder do governo, deputado Moisés Diniz (PCdoB) fez um pronunciamento condenando o novo sistema. “Somos contrários. Defendemos um período de transição para que possamos nos aproximar dos estados desenvolvidos em que o segundo grau tem trezentos anos e, o nosso tem oito anos nos casos das escolas rurais. A disputa será desigual e injusta. É preciso definir o percentual de alunos de escolas privadas e das escolas públicas. Além de garantir um número de vagas para os nossos estudantes oriundos das escolas públicas”, criticou.
Para Moisés Diniz o sistema definido pela Ufac irá excluir muitos jovens acreanos. “Centenas de estudantes acreanos seriam preteridos se o Enem for à única porta de entrada. Porque o nosso ensino, mesmo com todos os avanços, ainda não atingiu a força dos estados do Sul e do Sudeste. A gente tem que proteger os alunos da escola pública. Vou formar um grupo de trabalho na Aleac com ajuda de deputados federais e senadores para mudar essa situação”, argumentou.
Outro ponto que não agrada ao parlamentar é o absolutismo do Conselho Universitário. “Eles tomam decisões sem consultar a sociedade. Nós da Aleac somos criticados e cobrados e o Conselho Universitário simplesmente se fecha numa sala e delibera. Eles deveriam consultar a sociedade, os sindicatos, os setores religiosos e empresariais. Queremos que a população seja ouvida. Recentemente o Conselho deixou fora mais de 200 estudantes do vestibular porque tinham jovens com a carteira de identidade com a validade vencida. Aquilo foi uma injustiça. Transformar o Enem em única porta de entrada poderá ser mais uma injustiça”, protestou.
FONTE JORNAL A GAZETA
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