terça-feira, 28 de junho de 2011

Jobim “comemora” desaparecimento de arquivos ultrassecretos

Em mais uma de suas declarações eivadas de controvérsia, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, concluiu que o governo já tem condições de anular o sigilo eterno de documentos oficiais do regime militar brasileiro (1964-1985) classificados como ultrassecretos. Se a causa parece justa e progressista, o que desvirtua a proposta de Jobim é sua argumentação abertamente alinhada aos interesses das Forças Armadas, dos generais-presidentes, dos torturadores — e não da sociedade.

Por André Cintra ao ser entrevistado nesta segunda-feira (27), o ministro deu a entender que defende a Lei de Acesso à Informação, aprovada pela Câmara Federal e em tramitação no Senado. Não que se trate, na opinião de Jobim, de um direito fundamental — uma dívida do Estado com os brasileiros. Ao contrário. Segundo ele, a revelação do conteúdo dos arquivos da ditadura só é possível hoje porque os papéis mais comprometedores “desapareceram” — e, por isso, já não causarão incômodo algum aos militares.

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