Em 1998, uma violenta manifestação de fanatismo religioso provocou o assassinato de seis pessoas, inclusive duas crianças, e o espancamento coletivo dos moradores de Lavras, uma típica comunidade do interior da floresta amazônica isolada nos confins do rio Tauari, município de Tarauacá, no Estado do Acre.
Em O Santo de Deus, com escrita forte e profunda cultura bíblica, Moisés Diniz revela os caminhos que levaram ao Massacre de Lavras. O respeito pela proximidade que acabou tendo com os personagens levou o autor a lhe trocar os nomes por apelidos bíblicos. Só isso. O mais é realidade, por mais fantástico que se afirme. O livro é um caminho de volta às origens do homem amazônico, mas também uma passarela entre a riqueza e a penúria da humanidade. Um varadouro entre a brutalidade e a ternura. Muitos atalhos para as milenares angústias humanas.
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