No longínquo ano dessa foto, 1988, quando eu conquistei honrosos 55 votos para Vereador em Tarauacá, os donos da cidade tratavam os comunistas à ferro e fogo.
Era um tempo duro, quase de chumbo.
Mas, como um curso intensivo, esse tempo nos ensinou a maleabilidade e a tolerância. E a respeitar sempre o contraditório.
Como a água, podemos fluir para as várzeas, para não sermos sufocados pelos barrancos. Outras vezes, quando a conjuntura permite e o tempo exige, quebrar os próprios barrancos.
Ser a chuva que fertiliza a plantação, tempestade que destrói, evaporar e voltar de novo como chuva, como medo ou como bênção.
Aquele tempo de guerra nos ensinou a ser como a água, que flui, destrói, alimenta, fertiliza, amedronta, muda de forma com o mesmo conteúdo.
Como a água, aprendemos a sobreviver, a nos desviar dos troncos no meio do rio, a ser leve e sólido.
Toda foto é um mundo para admirar, abraçar ou destruir.
Nesta eleição de 2010, disputando o terceiro mandato de deputado estadual, quero aprender com as dificuldades de 1988, para não subir no salto alto e ser pego de surpresa.
Farei uma campanha calçado nas sandálias da humildade.
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